Aluno do curso de graduação em Saúde Coletiva da  Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Vinicius Brasilino, denunciou a existência  de autodeclaração falsa para o sistema de cotas raciais na instituição de ensino.

Segundo ele, até uma  aluna japonesa se declara negra para poder cursar Faculdade de Medicina. ?Recebi várias denúncias sobre alunos brancos que estão se declarando negros para usarem o sistema de cota da UFMT?, disse.

Ele já protocolou um pedido de investigação junto à Ouvidoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e irá formalizar uma representação no Ministério Público Federal (MPF).

?Foram outros estudantes realmente negros que me trouxeram as denúncias com nomes e fotos. Então, a gente quer  que as cotas sejam usadas por negros e índios. Se for comprovado, os que fraudaram irão responder por falsidade ideológica. Tem gente se declarando pardo por conveniência, mas sabemos que não são?, criticou.  

Vinicius conta que está recebendo diversas ameaças de abertura de processos por exposições de nomes e fotos de alunos e não irá se intimidar. ?A lista é pública e as fotos não sou eu que as publiquei. Elas estão circulando nas redes?, conta.

O professor  Carlos Alberto Caetano, presidente  do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (CEE-MT) disse que o assunto também está sendo investigado e debatido junto ao Conselho de Políticas de Ações Afirmativas. Ele conta que em outros Campus da UFMT em todo estado também serão verificados se  ocorre o mesmo tipo de denúncias para serem investigadas. ?Vamos querer a apuração de todas as matrículas. E se alguém se sentiu prejudicado com alguma suposta fraude, nos procure e faça a denúncia?, pontuou.

A por telefone, a  reportagem tentou ouvir a Universidade Federal de Mato Grosso, mas não obteve retorno.  

Direto da Redação, Fernanda Leite