31/01/2019 às 16:36
Fernanda Leite
Acusados de integrar uma organização criminosa que montou um esquema para monopolizar a saúde em Mato Grosso, se tornaram réus após o recebimento da denúncia do Ministério Público do Estado (MPE).
Os indiciados pelo esquema são; o ex-secretário de saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correa, Fábio Liberali Weissheimer, Celita Natalina Liberali Weissheimer, Adriano Luís Alves Souza, Luciano Correia Ribeiro, Fábio Alex Taques Figueiredo, Flávio Alexandre Taques da Silva e Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvea. Eles têm 10 dias para apresentar defesa.
Na decisão da juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, o grupo tentou atrapalhar as investigações.
?Movidos pelo objetivo de obstruir toda e qualquer investigação, após prévio ajuste de vontades o grupo teria iniciado a execução de destruição de qualquer registro que pudessem descortinar a estrutura organizacional e as condutas criminosas dos integrantes?, diz trecho da decisão.
Ainda, os acusados aproveitavam-se do trânsito livre no meio político e repartições públicas para conseguir o monopólio nas contratações públicas.
?Os membros da organização criminosa, se aproveitando do prestígio político, penetração na Administração Pública e dos cargos e funções públicas ocupadas na área da saúde, teriam executado ações previamente orquestradas, com vias de garantir o monopólio das contratações públicas a favor de empresas manipuladas em detrimento do ente público?, consta na ação.
O caso
Os réus foram presos na Operação Sangria, da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), acusados de de integrarem uma organização criminosa que montou um esquema para monopolizar a saúde em Mato Grosso.
Foram detectados irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o governo estadual.
O Ministério Público aponta evidências que indicam a operação do grupo criminoso, o qual atuaria para garantir as contratações espúrias de empresas, cujas propriedades seriam dos líderes do grupo, em valores superiores aos de seus concorrentes e/ou mercado e, ainda, garantir o recebimento sem a devida contraprestação do serviço contratado.
Todos os investigados respondem às acusações em liberdade.
Direto da Redação, Fernanda Leite
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