Quem passa pela Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, sempre encontra gatinhos circulando por todo o campus e, se for para os lados do Restaurante Universitário (RU), também é possível ver famílias de capivaras caminhando, dentro e fora do zoológico.

Há alguns dias vários animais vêm aparecendo mortos, dentro e fora da universidade, entre os quais há, por enquanto, apenas gatos e capivaras.

O caso foi divulgado no MT1 e, após a reportagem, muitas pessoas começaram a denunciar a gravidade da situação, que está afetando animais do entorno da UFMT também.

É o caso de três gatos encontrados mortos no residencial Petrópolis, ao lado da UFMT.

Uma moradora do local afirmou que seu gato estava há dois dias triste e no terceiro apareceu morto com todas as características de envenenamento.

A engenheira florestal Bárbara Ibanez reiterou que as mortes dos animais têm ocorrido há dias. ?Vários animais estão morrendo. É revoltante! Quando seres humanos jogam fora ou molham a ração pra mofar, furam os potes de água para que eles não tenham onde beber, e usam da confiança dos animais para envenená-los, o diabo venceu?, diz a garota, fazendo ainda referência ao atual cenário político brasileiro e ao tema do desfile da escola de samba, Gaviões da Fiel, que encenou um briga entre Deus e o Diabo.

As informações são de que, em oito dias, foram encontrados 20 gatos e 7 filhotes de capivara mortos.

A diretora da Ong Lunaar, Susiele Monteiro, relata que os animais se mostravam bem em um dia e no outro aparecem mortos, por isso a denúncia e apelo para sociedade.

O projeto arrecada cerca de 500 quilos de ração por mês para os animais e entrega todos os dias cerca de 15 quilos. Susiele crítica a universidade, pela falta de apoio no controle com os animais, que poderiam ser castrados por alunos do curso de veterinária.

Em nota, a UFMT afirmou que repudia tais atos e está aberta ao diálogo para buscar soluções.

Lembrando que é considerado crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, com pena  de detenção de três meses a um ano e multa. A pena aumenta se ocorrer a morte do animal.

Direto da redação, Josiane Dalmagro