O governador Mauro Mendes (DEM) avaliou como sendo legal os professores da rede estadual de ensino a aderirem a uma greve geral. Porém, para ele a medida não resolveria o problema na Educação.
“Se greve resolve o problema, vamos todos fazer greve. Eu, os empresários, os servidores e assim ver se poderemos ter um estado melhor. Mato Grosso tem dificuldades de pagar salários. O Sintep é livre ao direito de aderir a uma greve, mas os profissionais da Educação têm o terceiro melhor salário do país e Mato Grosso está em 21º pior nível da educação do Brasil. É hora de refletir”, criticou o governador, durante a entrega da Unidade de Pronto Atendimento - UPA 24 horas do Cristo Rei, em Várzea Grande.
Em Mato Grosso, o governador alega que vem tomando medidas ‘silenciosas’ para equilibrar as contas. “Não gosto de tomar medidas espetaculosas. Estamos fazendo medidas importantes de corte de gastos e isso já é perceptível”, conta ele, lembrando do déficit que o estado possui na ordem de R$ 3,3 bilhões.
O governador lembra que a projeção para o crescimento econômico caiu. “ Vêm reduzindo as suas previsões para o PIB (Produto Interno Bruto) e isso poderá afetar a arrecadação. Se não entrar dinheiro, teremos sim que realizar mais cortes”, concluiu.
Questionado sobre possível corte na educação em Mato Grosso, ele afirmou, caso a economia não reaja, medidas para economizar recursos devem ser adotadas.
Greve na Educação
Na segunda-feira (13), membros do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) se reuniram com o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, e a secretária estadual de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, para debater sobre o cumprimento da Lei 501/2013, que prevê a dobra do poder de compra dos profissionais da educação no estado.
A previsão da greve está marcada para iniciar na próxima segunda-feira (20). A classe alega que não há propostas tampouco argumentos sustentáveis que garantam o reajuste de 7,69%, previsto por lei. Além disso, pontuam que Marioneide e Basílio tentaram “justificar um possível calote”, sendo recusado pelos sindicalistas.
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