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Notícias / Política

12/07/2019 às 10:20

‘Troca de farpas entre Mendes e Pinheiro é para esconder articulações políticas’, diz Onofre

O analista político avaliou que as trocas de farpas não passam de um ‘pano de fundo’ para esconder as articulações políticas olhando as eleições de 2020

Luana Valentim

O analista político, Onofre Ribeiro, avaliou nesta sexta-feira (12), ao Leiagora, que as farpas trocadas entre o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não passam de um ‘pano de fundo’ para esconder as articulações políticas olhando as eleições de 2020.

Onofre destacou que Mato Grosso perdeu os grupos políticos faz tempo, pois o último que teve foi formado na eleição de 2014, o ‘Mato Grosso Muito Mais’, do ex-governador Pedro Taques (PSDB), que tinha Mendes, o atual vice-governador, Otaviano Pivetta (PDT), a família Campos entre outros. No entanto, esse grupo se desfez pouco antes de Mendes se lançar candidato ao governo.

“Temos o DEM, mas ele não chega a ser um grupo político e a história de Mato Grosso é feita disso. Então o que está acontecendo, de um lado o Pinheiro tenta criar um grupo e do outro Mendes tenta criar também um grupo”, disse.

O analista lembrou que, em 2003, Blairo Maggi (PP) era governador de Mato Grosso e Wilson Santos (PSDB) era prefeito de Cuiabá, mas eles não se entendiam e quem perdeu com isso foi o tucano.

“Maggi vetou tudo que era direcionado a Cuiabá e Wilson ficou com uma situação financeira complicada. Nem Maggi teve prestigio político em Cuiabá e nem Wilson conseguiu fazer uma boa gestão. Então briga entre o prefeito da capital e o governador, é muito ruim porque a sede do governo fica na capital e o prefeito é quem sempre perde”, explicou.

Pinheiro tem afirmado na mídia que o seu intuito não é ficar em ‘pé de guerra’ com Mendes, mas sempre que tem uma oportunidade surge umas alfinetadas. Para Onofre, o emedebista usa deste discurso como uma forma de fornecer desculpas para a população. ‘Na verdade, os dois ficam sentados em uma mesa e um chutando a canela do outro por baixo’.

Diante das diversas crises no governo, há uma reivindicação para se pagar a Revisão Geral Anual entre outros pontos que acabou gerando uma greve na Educação que já dura há mais de 40 dias. Onofre ressaltou que isso está ocorrendo porque o serviço público brasileiro chegou no limite, tornando-se uma corporação.

“O serviço público brasileiro ganhou poder demais graças ao casamento com os sindicatos, pois os servidores isoladamente não tinham força. E entraram os sindicatos suprapartidários e eles conseguiram fazer o país inteiro chegar a um poder muito grande e com isso foram pressionando os governadores de Mato Grosso Maggi, Silval e Taques pedindo aumentos, reajustes, RGA o que aumentou as despesas do Estado no nível que está aí, insuportável”, destacou.

Onofre frisou que a RGA é também é um pano de fundo para os sindicatos tentarem impor uma agenda ao governo e com isso não perderam o poder. Destacando que no fundo, é uma guerra política também.

“Nessa guerra de poder, aqui fora a eficiência cai muito e nós pagamos a conta sem termos culpa”, pontuou.
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