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22/07/2019 às 10:50

Servidores da Educação se acorrentam no Palácio; governo cita LRF e não dará reajuste

O Executivo alega ser impossível atender a classe, pois, estaria no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e também por causa da crise financeira

Fernanda Leite

Servidores da Educação se acorrentam no Palácio; governo cita LRF e não dará reajuste

Foto: Assessoria

Os profissionais da Educação se acorrentaram nas grades do Palácio Paiaguás, no Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá. A greve dos servidores completou 2 meses e até agora, o governador não atendeu a reivindicação de pagar 7,69% em reajustes salariais.

O Executivo alega ser impossível atender a classe, pois, estaria no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e também por causa da crise financeira que o Estado estaria enfrentando nos últimos meses.

“Quanto as outras reivindicações da categoria, referente ao pagamento da Lei Complementar 510/2013 e da Revisão Geral Anual (RGA), o governo está impedido de conceder devido ao que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), além da crise financeira”, disse governo por meio de nota.

Os servidores acorrentados alegam que estão há dois meses sem salários e que a greve não tem uma previsão para encerrar.

A classe alega que não há propostas tampouco argumentos sustentáveis que garantam o reajuste de 7,69%, previsto por lei.
 
Confira nota do governo
 
Desde o início da greve, deflagrada em 27 de maio, o Governo do Estado tem dialogado de forma franca e honesta com a categoria, além de ter atendido a maior parte das reivindicações como, por exemplo, o pagamento de 1/3 de férias dos servidores contratados, que passará a ser garantido a partir deste ano. Segundo estimativa do Governo, serão R$ 52 milhões para o pagamento desse benefício.

Além disso, o governo investirá R$ 15,6 milhões para substituição de servidores efetivos que se afastarão para qualificação profissional e mais R$ 11,9 milhões para substituição de servidores, que sairão de licença-prêmio ou se aposentarão.

Serão investidos ainda R$ 35 milhões para melhoria na infraestrutura das escolas. Ao todo, o governo do Estado prevê o investimento de quase R$ 115 milhões na Educação, ainda este ano.

Outra reivindicação atendida pelo Governo é o chamamento do cadastro de reserva do concurso público de 2017, que vai contemplar vários municípios de Mato Grosso.

No mês de julho, serão chamadas 681 profissionais para atuarem em várias escolas estaduais, sendo 221 professores, 300 apoios administrativos e 160 técnicos administrativos educacionais.

Quanto as outras reivindicações da categoria, referente ao pagamento da Lei Complementar 510/2013 e da Revisão Geral Anual (RGA), o governo está impedido de conceder devido ao que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), além da crise financeira.

A LRF é uma lei federal que estabelece parâmetros para os gastos dos Estados e municípios brasileiros.

Entre esses gastos estão as despesas de pessoal, que podem consumir o máximo de 49% da Receita Corrente Líquida (RCL), ou seja, o Estado não pode gastar com folha de pagamento de seus servidores mais de 49% daquilo que arrecada.

Atualmente o Estado já está com o limite da LRF extrapolado, pois gasta 58,55% de suas receitas com o pagamento dos servidores.

Se concedesse o aumento de mais 7,69% aos salários de milhares de professores estaduais, o limite seria estourado de forma irreversível, uma vez que resultaria em gasto adicional na ordem de R$ 200 milhões neste ano – valor que o Estado já não dispõe.



 
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