Um avião apreendido durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas começou a operar no Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), nesta terça-feira (13), reforçando a frota de aeronaves da Segurança Pública de Mato Grosso.
O avião, modelo Baron, tem autonomia de cinco horas/voo, capacidade para transportar até seis pessoas e de operar em pistas curtas e com variadas pavimentações (asfalto, grama e terra). Ele está homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para voos por instrumento e o seu valor estimado no mercado é de R$ 850 mil.
A aeronave foi apreendida em 2018, em uma operação conjunta com a Polícia Federal, Ciopaer e Anac. Antes de começar suas atividades, uma equipe técnica do Ciopaer se deslocou até Rondonópolis, para verificar a viabilidade técnica da aeronave operar no grupamento.
“A equipe técnica atestou que a aeronave estava em condições operacionais e, com isso, o nosso Núcleo de Inteligência subsidiou, com informações e documentos, a Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso, para elaborar uma representação, protocolada no Juízo da Vara Federal de Rondonópolis, que deferiu a cautela do avião”, explicou o delegado e piloto de helicóptero, Valter Furtado Filho.
Após a liberação judicial, equipe de mecânicos do Ciopaer levaram a aeronave até Goiânia, em Goiás, para manutenções corretivas e preventivas, que duraram 90 dias e R$ 60 mil.
De acordo com o Ciopaer, todas as aeronaves que operam no grupamento possuem seguros obrigatórios e facultativos, que garantem a indenização em caso de danos parciais e totais.
O coordenador do Cioaper, tenente-coronel PM, Juliano Chiroli, acrescentou que o sucesso na incorporação da aeronave se deve à filosofia do trabalho integrado entre os servidores, a troca de informações e ao trabalho de inteligência em conjunto com demais órgãos de segurança pública.
“Além disso, a confiabilidade perante o Poder Judiciário que tem observado a capacidade técnica e operacional do Ciopaer, para utilização desses bens legalmente apreendidos que deixam de servir ao tráfico de drogas e passam a atender as necessidades da sociedade, no que diz respeito aos serviços da aviação de segurança pública”, disse.