O conflito comercial entre os Estados Unidos e a China pode beneficiar o Brasil. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a área cultivada com soja naquele país caiu 5% em comparação ao último ciclo, o que equivale a uma redução de 1,7 milhão de hectares. Como consequência, a produção brasileira já será líder mundial no ciclo 2019-2020, com 130 milhões de toneladas, contra 128 milhões de toneladas dos EUA.
“A quebra na safra do país norte-americano, favoreceu não só a nossa produção de soja, mas também de outros países. Ganhamos oferta de produto de mercado”, afirmou para o Leiagora, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antonio Galvan.
A China buscou no Brasil seu principal fornecedor de soja. Em 2018, os chineses importaram do nosso país 69 milhões de toneladas da oleaginosa, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
De acordo com Galvan, a alta na procura da China, faz aumentar o preço da soja em Mato Grosso. “A demanda existe e ela torna a subir os preços, e isso está deixando o produtor na berlinda. No ano passado, vedemos a preços melhores do que esse ano”, concluiu o também vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil).