O material apreendido durante o pente fino feito na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, está sendo analisado pela Polícia Civil. A reportagem do LTV/Leiagora teve acesso a algumas anotações que estavam em um caderno apreendido em uma das celas, onde cumpre pena um dos chefes de facção criminosa.
As anotações mostram dados falsos de veículos que eram colocados à venda na internet, com o objetivo de aplicar golpes em pessoas que estariam interessadas na compra. Para enganarem os compradores, os presos que entravam na facção recebiam aulas dos mais experientes.
De acordo com a Polícia Civil, eles tinham que passar os dados falsos dos veículos à venda para demonstrarem segurança quando os compradores ligassem. Para terem certeza que o "aspirante" estava pronto, era feita uma prova oral.
O golpe era aplicado da seguinte maneira: criminosos colocavam falsos anúncios de venda de carros na internet. Quando as pessoas ligavam integradas em negociar, o preso convencia a vítima a fazer um depósito prévio para "reservar" o veículo. Valores variavam, segundo as anotações, de R$ 300 a R$ 600,00.
