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17/04/2020 às 17:40

Após perda de mandato, Selma nega crimes e ataca Fávaro: ‘não foi eleito pelo povo’

Selma Arruda também alegou que o Judiciário perdeu a vontade de celeridade depois de sua cassação

Camilla Zeni

Após perda de mandato, Selma nega crimes e ataca Fávaro: ‘não foi eleito pelo povo’

Foto: Agência Brasil

A senadora cassada Selma Arruda (Podemos-MT) foi à público, em suas redes sociais, se defender as acusações de caixa dois e abuso de poder econômico. Os crimes foram confirmados pela Justiça Eleitoral, que cassou seu mandato. Selma, porém, voltou a alegar ser vítima de perseguição e aproveitou para atacar o candidato que assumiu sua cadeira.

“Eu quero agradecer os votos e dizer a vocês que fiquem tranquilos. Eu não cometi crimes de caixa dois, e não abusei de poder econômico, até porque não tenho nenhum, mas fui vítima de uma grande injustiça”, disse a juíza aposentada. 

Selma criticou Carlos Fávaro, que ficou em terceiro lugar nas eleições para o Senado em 2018, e tomou posse nesta sexta-feira (17), assumindo interinamente a vaga deixada pela representante mato-grossense.

A senadora cassada ponderou que o povo de Mato Grosso não elegeu Fávaro, mas ele teria usado de “subterfúgios ilícitos para chegar até onde chegou”. Ela citou que o candidato teve apoio de “poderosos” do Estado, que não queriam a “juíza Selma” no Senado e fizeram o que puderam para tirá-la do cargo. No vídeo ela cita o nome do gigante do agronegócio, Eraí Maggi. 

Fávaro também teve apoio do governador Mauro Mendes (DEM), que foi o responsável pela ação movida no Supremo Tribunal Federal que possibilitou sua posse. Isso porque Mauro argumentou sobre a necessidade de paridade nas representações estaduais no Senado, e que Mato Grosso ficaria prejudicado com a cassação de Selma. Foi então que o ministro Dias Toffoli decidiu à favor de Fávaro, determinando a posse imediata do terceiro mais votado nas eleições.

Ao citar a atuação de Toffoli também, Selma criticou o Judiciário, que, segundo ela, quando foi a época de sua cassação, não mediu esforços ou poupou tempo para analisar o caso. Contudo, ao recorrer da cassação, a celeridade da Justiça sumiu.

“Infelizmente não posso mais recorrer de uma decisão que me condenou porque a Justiça parou de ter aquela pressa toda que teve quando era para me condenar. Agora meu processo está trancado e não consigo, infelizmente, movê-lo”, disse ela, que também é juíza aposentada.

O processo todo de cassação da magistrada durou menos de um ano. Em abril de 2019, portanto apenas três meses depois de assumir como senadora, Selma viu o Tribunal Regional Eleitoral cassar seu mandato, por caixa dois e abuso de poder econômico. Oito meses depois, em dezembro do mesmo ano, o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a decisão, determinando a vacância do cargo. A declaração da perda do mandato, porém, só foi feita nessa semana, pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

No vídeo, Selma ainda segue dizendo que ficará em Mato Grosso até as eleições municipais, e que vai trabalhar na advocacia de agora em diante. 

Veja a publicação:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Continuarei lutando por cada um de vocês!

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