O promotor de Justiça Alexandre Guedes, do Ministério Público de Mato Grosso, abriu investigação para apurar a falta de exames, equipamentos e insumos necessários para tratamento de casos de covid-19 no hospital referência do município de Cuiabá.
Segundo o MPE, denúncia chegou por meio de ofício da Diretoria Clínica do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, encaminhado inicialmente para o Ministério Público Federal.
A diretoria dá conta de que a antiga sede do Pronto-Socorro foi escolhida pela prefeitura para se tornar referência no tratamento de casos de covid-19 no município. Contudo, não oferece a estrutura necessária "para o exercício ético da profissão".
"É possível constatar possíveis omissões no caso, que representam a possibilidade de prejuízos imensuráveis à coletividade que necessita do serviço em tela", escreveu o promotor ao determinar a investigação do caso, no dia 8 de setembro.
Alexandre Guedes quer saber se a Secretaria de Saúde foi omissa ou negligente em relação ao caso e quais providências foram adotadas.
Outro lado
Em nota ao Leiagora, a Prefeitura de Cuiabá informou que não foi notificada sobre o inquérito, e que vai prestar os esclarecimentos necessários ao Ministério Público dentro do prazo.
A Secretaria Municipal de Saúde informa
- Ainda não foi notificada sobre a instauração do Inquérito. Assim que receber a notificação, todos os esclarecimentos serão prestados no prazo determinado.
-Todo EPI necessário para o atendimento de pacientes infectados com coronavírus foi adquirido seguindo normas especificadas pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde. Esses EPIs também foram distribuídos conforme protocolo do MS / OMS.
-Todos os dias, ao chegar ao Hospital os servidores pegam os EPIs e assinam uma lista de controle de entrega dos equipamentos, que contém o que foi entregue a eles. Caso o servidor se recuse a receber o EPI, é necessário assinar um termo se responsabilizando por não pegar o equipamento.