O governador Mauro Mendes (DEM) disse que é vergonhoso para Mato Grosso ter pacientes indo para outros estados em busca de atendimento médico. Ele ressaltou que o estado é um dos mais ricos do país, com crescimento na casa de dois dígitos há anos, que ele classificou como “ritmo chinês”, e ainda assim não garantir saúde para a população.
“Lá no Araguaia, por exemplo, a população vai para Goiás e isso é uma vergonha para nosso estado que diz ser rico, um estado que cresceu nos últimos anos no ritmo chinês, ultrapassando a casa dos dois dígitos. Não pode um estado rico e ter coisas que envergonham como essa”, declarou o governador durante a assinatura da ordem de serviço para a retomada das obras do hospital universitário Júlio Müller, paralisado há 7 anos.
O governador aproveitou o evento para falar dos eventos na saúde com a construção de mais três hospitais regionais, que segundo ele, já estão com os projetos quase prontos para dar início ao processo de licitação. “Faltando detalhes”, declarou.
O chefe do Executivo reconheceu que a saúde sempre foi um dos maiores desafios do estado e do país e lembrou que Cuiabá era a única capital do país não ter um hospital público gerido pelo Estado. Realidade que foi alterada com o governo assumindo a gestão da Santa Casa. Além disso, este ano, Mendes já lançou também a retomada do hospital central, paralisado há 34 anos, que será um dos maiores do estado.
O democrata aproveitou para lembrar que deu início a obra do Hospital Municipal de Cuiabá que atualmente tem 27 mil m², no entanto, o novo projeto do Hospital Central prevê uma área de 32 mil m² e o Júlio Müller terá 58 mil m², se tornando, portanto, o maior do estado.
“O SUS tem grandes vantagens, mas conhecemos também a deficiência e a falta de infraestrutura para atender. (...) Só estes 3 números revela a importância que esta obra tem para toda população”, avaliou.
O contrato e a ordem de serviço foram assinados em evento realizado no local da unidade de saúde, no km 16 da MT-040, entre Cuiabá e Santo Antônio de Leverger. A obra, que seria entregue na Copa do Mundo de 2014, está parada há sete anos.
“Milhares de mato-grossenses e pessoas de outros estados terão suas vidas salvas aqui neste hospital. Hoje é um momento em que podemos virar essa página de obras paralisadas", comemorou.
