Cuiabá, sábado, 04/05/2024
06:04:03
informe o texto

Notícias / Judiciário

10/03/2021 às 11:20

Supremo nega recurso e mantém punições à promotora de MT condenada por condutas irregulares

Promotora respondeu a cinco procedimentos administrativos e tem recorrido ao STF desde então

Camilla Zeni

Supremo nega recurso e mantém punições à promotora de MT condenada por condutas irregulares

Ministro Marco Aurélio, do STF

Foto: Nelson Junior/STF

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso da promotora de Justiça Fânia Helena Oliveira de Amorim, do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), mantendo sua condenação e as punições aplicadas por condutas irregulares. 

Para o ministro, as sanções aplicadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público foram proporcionais, considerando a gravidade dos fatos cometidos pela condenada. 

Além disso, Marco Aurélio anotou que a promotora tinha intenção não de sanar obscuridade nas decisões judiciais, mas de tentar modificá-las, de forma que o recurso utilizado, um embargos de declaração, se mostrou a via inadequada. 

"Ante a impossibilidade, consideradas decisões liminares, de prosseguir na execução das sanções impostas pelo Órgão disciplinar, não há inércia, a revelar impertinente a fluência do prazo prescricional", ressaltou o ministro, em sua decisão publicada nessa terça-feira (9). 

Condutas irregulares

Conforme o ministro, a promotora já respondeu a cinco processos administrativos disciplinares no Ministério Público do Estado. 

O primeiro foi aberto após Fânia ter adotado um tratamento arbitrário contra um oficial de Justiça e um advogado, determinando que militares conduzissem os dois até sua presença, para que pudesse reclamar do horário em que recebeu determinado processo. Naquela ocasião se tratava de um réu preso e ela, mesmo tendo recebido a ação, a devolveu sem manifestação, mantendo-o preso sem analisar o pedido da defesa. 

Fânia também já foi condenada por ter dado uma "carteirada", ou seja, usado sua função pública para conseguir vantagens em um tratamento de saúde para seu pai. Ela também já se afastou por 20 dias de suas funções no MPE sem dar as devidas justificativas e sem autorização do MPE.

A mesma promotora também foi condenada por exigir que servidores retirassem inquéritos policiais em delegacias sem a requisição formal do MPE, em troca de favores.

Todas as suas condenações, que causariam suspensões, foram convertidas em multa. 
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet