Enquanto Mato Grosso registrou, nessa quinta-feira (25), apenas 28,7% de sua população cumprindo o isolamento social, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) contabilizou 179 pessoas aguardando por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) covid-19.
O número assustador tem se mantido alto desde a semana passada, quando Mato Grosso superou as 100 pessoas na fila de espera por uma vaga no leito intensivo. Desde então, o número abaixou dessa margem. Na segunda-feira (22) foi registrado o recorde de 189 pessoas aguardando leito.
Levantamento do Leiagora junto aos dados da SES aponta que este mês de março já é o pior enfrentado na pandemia da covid-19, desde o registro do primeiro caso de contaminação, em março passado. Somente nos últimos 24 dias foram mais de 44 mil novos casos de contaminação e 1.289 mortes registradas em decorrência da doença. Entee os óbitos, bebês e adultos com menos de 40 anos.
No início do mês, o governo chegou a anunciar a abertura de novos 160 leitos de UTI, espalhados pelo estado, mas garantiu que, ainda assim, esses não serão suficientes para atender à demanda crescente de internações.
Em razão do cenário caótico na Saúde, o governo do Estado tem feito duras campanhas de conscientização e divulga, diariamente, o índice de isolamento, calculado pelo portal InLoco.
Em entrevista à rádio CBN São Paulo nesta manhã, Mauro criticou o comportamento de parte da população e avaliou que haverá consequências para aqueles que não querem aderir ao isolamento.
“O distanciamento foi a grande ferramenta usada no mundo inteiro e está comprovado que é um mecanismo eficaz. Agora, se a maioria não quer, tem consequências”, ponderou o governador.
Mauro também citou a proposta levada à Assembleia Legislativa, para que houvesse uma antecipação de feriados e, assim, a redução da ciruclação de pessoas pelo período de 10 dias, mas os deputados, por maioria, rejeitaram o projeto.
Segundo o governador, apesar de respeitar a escolha da população, representada pelos deputados, o Estado deve editar novas medidas de restrição ainda hoje.
