O delegado Flávio Stringueta não esconde sua mágoa por ter sido afastado do comando da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), disse ter sido traído por “amigos” e ainda diz que a Polícia Judiciária é uma instituição fraca e acabou perdendo ainda mais com este tipo de conduta.
Stringueta faz questão de descartar que seu afastamento seja retaliação à sua atuação na Grampolândia Pantaneira ou a briga com o ex-secretário de Segurança, Roges Jarbas. Ele garante que é a decisão foi apenas da diretoria da PJC. “A diretoria ficou com medo de uma retaliação do Ministério Público com a PJC, porque a instituição depende do dinheiro proveniente dos termos de ajustamento de conduta que o MP faz”, afirmou entrevista ao Playagora.
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Questionado sobre quem pediu sua cabeça, Stringueta afirma que foram os diretores da própria PJC. “Segundo os diretores, foi decisão deles mesmo, embora o delegado geral me disse que recebeu inúmeras ligações de promotores, mas em nenhum momento me disse que houve pedidos para me tirar. Isto para mim foi mais chocante ainda e fico ainda mais chateado. São dois diretores que se diziam meus amigos, não sei como vou considerá-los daqui para frente”, declarou.
Stringueta foi retirado do comando da GCCO e colocado no “corredor”, expressão usada para descrever quando um delegado fica sem função dentro da instituição, após escrever artigo fazendo duras críticas ao Ministério Público que gastou mais de R$ 2 milhões com a compra de Iphones.
Sobre as consequências dessa decisão, o delegado é direto. “A PJC só fica mais fraca, não pelo afastamento do delegado Flávio, mas pelo afastamento de um delegado de polícia por ter expressado sua opinião como cidadão. Qualquer cidadão tem esse direito. A Polícia Civil se enfraqueceu ainda mais. Já é uma instituição fraca. Deveria estar tentando se fortalecer frente às outras instituições, mostrar que é uma instituição sólida, mas com esta atitude mostrou sua fraqueza”, finalizou.
