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19/05/2021 às 07:00

Cuiabá precisa de 4,2 mil doses da Coronavac após 'perdas técnicas'

A justificativa da SMS foi rechaçada pelo Estado que alertou sobre os cuidados que deve ter ao relatar perdas técnicas e criticou a inserção de grupos prioritários fora do Plano Nacional de Imunização

Camilla Zeni

Cuiabá precisa de 4,2 mil doses da Coronavac após 'perdas técnicas'

Foto: Camilla Zeni/Leiagora

Cuiabá possui um déficit atual de 4,2 mil doses de vacinas e o fato deve-se aos últimos problemas como a vacinação de pessoas do interior, além das chamadas perdas técnicas, como definiu a secretária de Saúde de Cuiabá, Ozenira Félix, durante audiência na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na manhã desta terça-feira (18).

A gestora da pasta confirmou que houve falha da equipe da Prefeitura ao permitir que, ao menos, 2.500 pessoas do interior tivessem tomado vacina na capital. Há suspeita de fraudes no sistema, mas também houve falha por parte dos servidores na hora de conferir a documentação.

Outro motivo seria a perda técnica provocada pela redução do número de doses estimadas. Isso porque, segundo a gestora, em cada frasco de vacina deveriam vir 10 doses para serem aplicadas. Entretanto, acabou sendo apenas 9 doses por frasco.

"Hoje nós estamos precisando em torno de 4,2 mil doses e que basicamente, se somar, vai dar em torno da perda técnica. Nós estamos trabalhando agora para ver como que nós vamos fazer com essas pessoas. Estou encaminhando também para o Ministério Público as pessoas que tomaram a segunda dose aqui e que não deveriam ter tomado. Então, eu tenho um erro interno e das pessoas que vieram aqui e vacinaram", comentou Ozenira.


Apesar da alegação, durante a audiência, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, rechaçou a argumentação de perda técnica levada pelo município. O gestor afirmou que todas as doses foram enviadas de forma correta aos municípios e que os casos de perda técnica devem ser reportados formalmente ao Ministério da Saúde, inclusive com registro de boletim de ocorrência.

Outra ponderação de Gilberto foi em relação à inclusão de grupos prioritários nas vacinações. Em Cuiabá, por exemplo, diversos grupos já foram incluídos, como o público classificado como de “vulnerabilidade”, que inclui motoristas do transporte público, garis,e charreteiros, por exemplo. Nesta semana, o município também abriu cadastro para assistentes sociais serem vacinados e anunciou a inclusão dos jornalistas como prioritários. 

Conforme o secretário, todas essas inclusões, quando não estão de acordo com o Ministério da Saúde, fazem com que as doses destinadas ao público prioritário inicial, estipulado pelo Plano Nacional da Saúde, sejam reduzidas. Por isso, segundo Gilberto, haveria demora em alguns municípios. O secretário ainda ponderou que, nesse caso, os gestores podem ser punidos criminalmente.
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