Imprimir

Imprimir Notícia

17/06/2021 às 20:33 | Atualizada: 17/06/2021 às 20:39

Emanuel cita burocracia para comprar vacinas: ‘tem que ir na fonte e fomos a Bolsonaro’

Da Redação - Camilla Zeni / Reportagem Local - Luzia Araújo

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que recorreu ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para o envio extra de doses contra a covid-19, depois de encontrar muita burocracia para a compra de vacinas por meio do consórcio de prefeitos Conectar, do qual é vice-presidente. 

O grupo foi criado no mês de março pela Frente Nacional de Prefeitos com a intenção de comprar 20 milhões de imunizantes para 2,6 mil cidades. Entretanto, quase três meses após o início das negociações, o Conectar ainda não teve avanço nas tratativas. 

Emanuel afirmou que não desistiu de fazer a compra dos imunizantes via consórcio, mesmo com o envio de doses pelo Ministério da Saúde. Entretanto, em razão de burocracia, decidiu procurar diretamente o governo federal como representante de Cuiabá.

Saiba mais - Vacinas acordadas com o Governo Federal serão exclusivas da Capital

“Eu pertenço ao consórcio, estamos trabalhando, mas percebi que temos que ir direto na fonte. Se eu ficar só no consórcio, a gente vê que há todo um entrave, uma burocracia, uma legislação. Não adianta malhar em ferro frio. Vamos na fonte. A fonte é o governo federal, o Ministério da Saúde, e lá estava eu e Emanuelzinho na frente do presidente da República”, ponderou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17).

O gestor ressaltou que há “uma amarração muito grande” em relação ao Plano Nacional de Imunização e destacou as articulações dos governadores na tentativa de importar a vacina russa Sputnik V. 

“Depois dos governadores terem tentado superar essa dificuldade, e aconteceu com Mato Grosso também, estamos podendo adquirir um número mínimo de doses que não dá para fazer frente a um estado como Mato Grosso, por exemplo, com 3,5 milhões de habitantes, e essa realidade é para todos os estados”,  criticou. 

Na noite de terça-feira (15), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou a importação de 71 mil doses da vacina russa para Mato Grosso, totalizando, em todo o Brasil, 928 mil doses liberadas de forma experimental. 

Antes desse anúncio, ainda no dia 12 de junho, Emanuel informou a vinda do ministro de Saúde, Marcelo Queiroga, para anunciar o envio de doses extras de imunizantes da Cuiabá, como resposta à uma articulação do gestor diretamente com o presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, até o momento, não há informações de quando o ministro vem à capital nem de quantas doses serão enviadas, devido ao atraso da farmacêutica Janssen.
 
 Imprimir