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14/07/2022 às 09:53

Família de agente assassinado cobra por Justiça e acompanha votação sobre Paccola

Da redação- Denise Soares / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

A família do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, morto a tiros pelo vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), cobrou por Justiça e acompanha, nesta quinta-feira (14), a votação do pedido de afastamento do parlamentar na Câmara de Cuiabá.
 
Além da família de Miyagawa, estão presentes colegas do agente, apoiadores de Paccola, imprensa e outros políticos. A segurança na Câmara foi reforçada e viaturas foram posicionadas na frente da instituição logo nas primeiras horas da manhã.
 
Celina Kiyo, prima de Miyagawa, diz que é muito difícil para a família estar ali.
 
“Cuiabá não merece ser representada por uma pessoa violenta porque isso não é o espírito cuiabano. Cuiabanos são pessoas de paz. O Alê era uma pessoa bondosa e extremamente carinhosa. Isso revolta, não tinha motivo para isso ter acontecido. A família só quer a justiça”, declarou ao Leiagora.
 
A tia de Miyagawa, Luisa Miyagawa, adiantou que a família sabe que a justiça ‘dos homens’ é falha.
 
“O que ocorrer lá dentro, não nos cabe. A boca fala o que quer. Mas ele [Paccola] sabe o que fez, quem vai acusar ele é ele mesmo e Deus, não a gente”, declarou.


 
O pedido
 
O afastamento foi requerido pela vereadora Edna Sampaio (PT) em decorrência do episódio registrado no último dia 1º, quando Paccola matou a tiros o agente socioeducativo.
 
Os parlamentares estão tratando o assunto com cautela e têm evitado emitir qualquer juízo de valor sobre o caso. Por conta disso, o resultado da votação ainda é incerto.
 
Alguns vereadores, inclusive, defendem que o próprio Paccola peça afastamento dos trabalhos legislativos, a fim de evitar maiores polêmicas no âmbito do Parlamento Estadual. Ele, contudo, não sinalizou que deve fazer isso.
 
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