25/01/2023 às 20:33 | Atualizada: 25/01/2023 às 20:37
Seduc anula audiência pública que rejeitou, por aclamação, militarização da escola Adalgisa
Priscila Mendes
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT) anulou, nesta quarta-feira (25), por meio da Portaria nº 070/2023, a audiência pública realizada na Escola Estadual Professora Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, na última segunda-feira (23), que pautava a militarização da unidade.
A portaria considerou, entre outros pontos, que, o evento “sequer concluiu a 1ª etapa (apresentação do plano de trabalho)”, em razão do que é chamado de “tumulto generalizado”.
A audiência pública foi marcada por grande tensão das duas partes envolvidas: grupo de pessoas que argumentava que o modelo Tiradentes seria o melhor para a escola e comunidade escolar que acusava que pessoas de outros bairros, que não seriam vinculadas a Adalgisa de Barros, estariam ali para votar sem direito.
Antes mesmo do início da audiência pública, a comunidade escolar gritava “ih, fora” para o modelo a ser apresentado.
De fato, o tenente coronel Wellington nem conseguiu apresentar o modelo de militarização escolar, tamanha a resistência local. O responsável por conduzir a audiência, um cerimonialista funcionário da Seduc, convocou votação por aclamação.
Para anular a audiência, a portaria considera, também que não teria havido “debate democrático e votação para deliberar sobre a pauta da convocação da audiência pública”. Registra ainda que, “ao contrário, as ações de um grupo de pessoas presentes ao evento foram ofensivas, agrediram verbalmente tanto os profissionais da Seduc quanto os profissionais da Segurança Pública e incitaram os estudantes a praticar atos violentos”.
O documento da Seduc também autoriza a realização de nova audiência pública, a ser organizada pela Diretoria Regional de Educação de Várzea Grande, sob orientação da Secretaria Adjunta de Gestão Regional e da Coordenadoria de Escolas Militares.
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