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09/10/2023 às 18:37 | Atualizada: 09/10/2023 às 18:38

Vídeos e Fotos | Armas usadas por quadrilha que aterrorizou Confresa foram furtadas da Polícia Militar de São Paulo

Karine Arruda

Após ser encerrada a Operação Pentágono, a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso apontou que algumas das armas utilizadas pela quadrilha que aterrorizou o município de Confresa (a 1.050 km de Cuiabá), no dia 9 de abril deste ano, pertenciam à Polícia Militar de São Paulo. Os policiais ainda estão investigando em que momento as armas foram furtadas.

Em coletiva à imprensa, realizada nesta segunda-feira (9), o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gustavo Belão, comentou sobre a relação e o envolvimento dos integrantes da quadrilha com uma organização criminosa do estado paulista. Ele também esclareceu que ainda não há provas de que o crime ocorrido no interior de Mato Grosso tenha sido a mando da facção.

“O setor de inteligência da polícia recebeu informações de que eles são integrantes da facção criminosa da capital de São Paulo, mas integrar é uma coisa, dizer que a facção criminosa tem participação nisso é uma coisa totalmente diferente. Até o momento, a investigação tem conhecimento de que esses criminosos fazem parte, integram a organização criminosa da capital do estado de São Paulo. Não existe prova nenhuma, longe disso, de que essa facção financiou a ação”, disse.

O delegado também ressaltou que um dos principais financiadores envolvidos na ação em Confresa já havia participado de outro grande crime na cidade de Araçatuba, interior de São Paulo. Além disso, a polícia também está apurando o material genético dos outros indivíduos para averiguar o envolvimento deles em outros crimes no Brasil.

“Até o momento, aparecem três pessoas importantes na escala de hierarquia nesse ato criminoso. As buscas e o resultado disso vai ser fundamental para determinarmos e apontarmos com exatidão e provas contundentes de que esses três indivíduos participaram do planejamento e do financiamento”, falou.

De acordo com Belão, até o momento foram identificados 33 envolvidos, dentre os quais, 18 foram mortos e 2 foram presos, faltando ainda localizar outros 13 relacionados ao crime. “Deviam ter sido neutralizados ou presos 33 pessoas, essa é a lógica e lá [Tocantins] só foram conhecidas 20 pessoas. Então, temos pelo menos mais 13 para serem identificados. A conta é 28 mais cinco, todos teriam que estar em Tocantins, lá só conhecemos 20, então restam 13”, finalizou.

Sobre a operação

A Operação Pentágono foi deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso em conjunto com outros seis estados, com o intuito de investigar o ataque ocorrido no município de Confresa, no começo desse ano, onde criminosos altamente armados entraram na cidade, fizeram reféns, invadiram um quartel da Polícia Militar e destruíram uma transportadora de valores. O objetivo da quadrilha, além de causar medo e terror à população local, seria roubar certa quantia em dinheiro da empresa de transporte.

Essa operação é responsável por investigar os crimes de organização criminosa, roubo majorado e uso de arma de fogo. Para além disso, também compõe uma outra etapa da Operação Canguçu, deflagrada como uma caçada aos criminosos envolvidos na ação.

A Pentágono contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e das Polícias Civis dos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Tocantins. Ao todo, foram mais 300 policiais envolvidos, cerca de 38 dias de buscas e 40 mandados de prisão e apreensão expedidos nos seis estados do país.


 

Policiais encontram arma de grande porte e munições usadas no terrorismo empregado em Confresa.#LeiagoraNotícias pic.twitter.com/IRGoMBwLdm

— Leiagora Portal de Notícias (@leiagorabr) October 9, 2023
 
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