Prefeito decreta investigação sobre aumento de mortes no Hospital São Benedito
Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da reportagem local - Jardel P. Arruda
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) assinou, na tarde desta quinta-feira (8), um decreto criando uma comissão para investigar as causas do aumento no número de mortes no Hospital São Benedito durante o período interventivo (15 de março a 31 de dezembro de 2023), comparado ao mesmo período de 2022.
A comissão será composta por quatro membros: o secretário municipal de Saúde, Deiver Alessandro Teixeira; o diretor de Vigilância e Saúde, Benedito Oscar Fernandes de Campos; a coordenadora técnica em vigilância epidemiológica Valéria Benedita Santos de Oliveira; e o gestor assistencial do Hospital São Benedito Pioter Antonito Gomes Ferreira.
Conforme o documento, a comissão terá 30 dias para fazer esse trabalho e apresentar um relatório completo, o qual deve conter o motivo do encaminhamento para a unidade, o estado de saúde que o paciente deu entrada, tempo de permanência no Hospital, patologia, causa da morte, bem como se houve qualquer conduta dolosa ou culposa.
De acordo com o documento assinado pelo prefeito, o relatório deverá ser encaminhado ao próprio chefe do poder Executivo, ao Ministério Público do Estado (MPE), a Polícia Judiciária Civil, ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, Tribunal de Contas do Estado e ao Tribunal de Contas da União.
O decreto foi anunciado por Pinheiro durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (8). Na oportunidade, o gestor disse que o presidente do Tribunal de Contas Sergio Ricardo, o procurador-geral de Justiça Deosdete Curz Junior, e o desembargador Orlando Perri fora, induzidos ao erro.
“Compreendo a angústia e a preocupação do Tribunal de Conta do Estado de Mato Grosso, da pessoa do conselheiro Guilherme Malluf, do conselheiro Sérgio Ricardo, da angústia do Ministério Público Estadual, na pessoa do procurador-geral de Justiça doutor Deusdete, entendo a angústia do Poder Judiciário mato-grossense, na figura do desembargador Orlando Perri. Mas não deixo de repetir que todos eles foram induzidos ao erro, ao equívoco em relação à realidade do que vinha ocorrendo na saúde pública da capital. [....] A forma como a intervenção geriu a gestão pública nesses 9 meses e meio, não temos outra palavra a não ser desastrosa”, disse.
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