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18/07/2019 às 16:55 | Atualizada: 19/07/2019 às 11:19

Membros do MP classificam declarações de PMs como caluniosas e pedem para serem investigados

Fernanda Leite

Membros do Ministério Público Estadual de Mato Grosso (MP/MT), que foram acusados pelo coronel Evandro Lesco e cabo Gerson Corrêa Júnior, de envolvimento no esquema de escutas ilegais,  protocolaram um pedido de investigação para apurar as acusações dos réus.

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O documento é assinado pelo ex-procurador geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Roberto Jorge do Prado, e pelos promotores Samuel Frungilo, Marcos Regenold Fernandes, Marcos Bulhões dos Santos e Marco Aurélio de Castro.

“Os membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, abaixo subscritos, vêm a público afirmar, com veemência, que não são verdadeiras as imputações caluniosas, difamatórias e injuriosas proferidas pelos réus da ação penal nO17000-11.2017.811.0042 - código 477158, em trâmite na 113ª Vara Criminal Especializada - Militar, por ocasião da realização de seu terceiro interrogatório nos autos, nas datas de 16 e 17 do corrente mês”, diz trecho da nota.

O pedido de investigação foi protocolado na Corregedoria Nacional do Ministério Público - CNMP, Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso e Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado de Mato Grosso.

“Firmes no exercício incansável de suas atribuições e cientes da lisura de todos os atos praticados no desempenho dos cargos que exercem, os signatários vêm a público expor que, nesta data, protocolaram pedidos junto à Corregedoria Nacional do Ministério Público - CNMP, Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso e Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, na qual requerem a imediata instauração do procedimento cabível para a apuração de suas condutas”, consta no documento.

Os membros do MP  classificam as declarações dos réus como 'desesperadoras'. "Em verdade, tratam-se de réus confessos que se veem na iminência de sofrerem justa condenação pelos crimes que praticaram e que, em atitude desesperada, resolveram atacar infundadamente membros da Instituição que os denunciou", criticaram os promotores e o procurador. 

Gerson é considerado ‘delator bomba’ diante das revelações quanto ao esquema conhecido como ‘barriga de aluguel’, que interceptou telefones de políticos, médicos e diversas outras pessoas. Ainda revelou que o ex-governador Pedro Taques (PSDB), assim como o seu primo, o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, são os donos do esquema.

Ele denunciou que há omissão de resultados do sistema oficial utilizado pelo Gaeco para realizar as interceptações telefônicas de um órgão.  Além  de uma ‘verba secreta’ em benefício do Gaeco.

Conforme as denúncias elencadas no despacho, as interceptações teriam sido feitas ainda nas operações Metástase, que teve o ex-deputado estadual, José Riva, como alvo, Arqueiro e Ouro de Tolo, que levou à prisão a ex-primeira-dama Roseli Barbosa – esposa do ex-governador, Silval Barbosa.

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