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06/08/2020 às 11:32 | Atualizada: 06/08/2020 às 11:39

Policiais que estiveram na casa da família Cestari são afastados e viram alvo da Corregedoria

Luzia Araújo

A Polícia Civil afastou os policiais civis que estiveram na casa da família Cestaria na noite em que Isabele Guimarães Ramos foi morta. Eles sequer faziam parte da equipe de investigação e apareceram com um veículo oficial à paisana da Gerência de Combate ao Crime Organiza (GCCO). A conduta deles está sendo apurada pela Corregedoria da Polícia Civil. 

O veículo de placa PBV1E59 foi fotografado por familiares de Isabele que estavam em frente à residência do empresário Marcelo Cestari. Se tratava de um Citroën C4, prata. O carro foi citado nos depoimentos da mãe da jovem morta, Patricia Helen Guimarães, e também do neurocirurgião Wilson Guimarães Novaes. 

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Ao delegado Wagner Bassi Júnior, a mãe da Isabele contou que o carro chegou cantando pneu e que saíram dois indivíduos  “bastante agitados” e “prepotentes” do veículo. O depoimento foi prestado em 21 de julho, às 9h35.

Já Wilson relatou que “chegaram dois indivíduos à paisana, saindo de um veículo Citroen C-4, sedan, cor chumbo e adentraram a casa”. Porém, somente depois soube que tratava-se de um veículo não caracterizado da polícia. Ele relatou ainda que os dois homens "estavam atuando como segurança do Marcelo Cestari, em função da postura intimidadora que se colocaram, tendo um deles ficado em frente à residência com postura incompatível com o ocorrido, intimidadora, com os braços cruzados e olhando de forma arrogante e fumando cigarro eletrônico”.

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Segundo informações preliminares, os policiais seriam da GCCO e da Delegacia Especializada de Trânsito (Deletran). Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil esclareceu que os policiais civis foram removidos das unidades em que estavam lotados por conveniência da Administração Pública. 

“Qualquer fato relacionado à presença dos policiais na residência em que ocorreu a morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, no condomínio Alphaville, está sendo verificado pela Corregedoria da instituição”, completou a nota.

Questionada sobre as possíveis punições aos agentes poderiam receber ao fim do processo, a assessoria não preferiu não se pronunciar.
 
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