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16/09/2020 às 10:31 | Atualizada: 16/09/2020 às 11:03

Adolescente acusada de matar Isabele deixa Socioeducativo em menos de 24 horas

Camilla Zeni, Luzia Araújo e Bruno Pinheiro

A defesa da família Cestari, envolvida na morte de Isabele Guimarães Ramos, de 14 de anos, conseguiu um habeas corpus em favor da adolescente acusada de atirar contra a melhor amiga, no dia 12 de julho.

A menor, B.O.C, foi internada no Centro Socioeducativo na noite de terça-feira (15), após ter mandado de apreensão deferido pela Justiça.

Já na manhã desta quarta-feira (16), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso acatou pedido do advogado Artur Barros Freitas Osti e determinou a soltura da menina.

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Ao Leiagora, a defesa informou que a decisão anterior foi ilegal e, por isso, foi cassada pelo Judiciário. Agora, B.O.C vai responder por ato infracional análogo a homicídio doloso em liberdade.

O advogado esteve no Centro Socioeducativo para acompanhar a soltura da adolescente, assim como o empresário Marcelo Cestari, pai da menina. Eles deixaram a unidade por volta das 10h40 desta manhã.

À imprensa, Marcelo disse que o tempo todo sua família tem sido colaborativa com a Justiça e negou que a filha tivesse a intenção de fugir do Judiciário.

Mandado de apreensão

Na noite de terça-feira, a 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá expediu mandado de apreensão contra a adolescente, após ter recebido a representação postulada pelo Ministério Público. Segundo informações obtidas pela reportagem, a adolescente faltou a uma audiência e, por isso, estava considerada "foragida". 

Na Delegacia Especializada do Adolescente, o advogado e a família acompanharam a detenção da menor. Ainda na noite de ontem Artur Osti tentava obter o habeas corpus, para impedir a internação de B.O.C. Contudo, não conseguiu e a adolescente teve de passar a noite no Centro Socioeducativo.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a adolescente ficou isolada e passou por um teste rápido para covid-19 após dar entrada na unidade. Por conta do protocolo de segurança contra a pandemia, a equipe informou que a menina poderia passar até 7 dias isolada, caso não conseguisse o habeas corpus.
 
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