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30/03/2021 às 12:00

Botelho não vê espaço para diálogo, destaca situação grave e defende quarentena

Camilla Zeni

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM), avaliou que não há mais tempo para que os gestores discutam sobre medidas a serem adotadas durante a pandemia da covid-19. Para ele, os prefeitos devem atender a decisão judicial e decretar quarentena obrigatória. 

“Eu acho que agora não tem mais que ter diálogo. Tem que cumprir a determinação judicial. Os prefeitos têm que decretar quarentena”, comentou Botelho na manhã desta terça-feira (30) ao deixar o Palácio Paiaguás. 

À imprensa, o deputado destacou que a situação da pandemia da covid-19 é grave e, por isso, os prefeitos devem adotar a medida para diminuir a circulação de pessoas em Mato Grosso.

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“A situação é grave. A quantidade de gente morrendo inclusive por falta de leito de UTI é muito grande. O avanço dessa variante está sendo muito mais rápido e a letalidade dela é muito mais rápida do que na primeira onda, então é desesperador. Nesse momento, temos que cuidar das vidas”, disse o parlamentar. 

Somente nesses 29 dias do mês de março, foram 1.679 vidas perdidas em razão de complicações provocadas pela covid-19 em Mato Grosso. A fila de espera por um leito de UTI também ultrapassa 180 pessoas. Diante do cenário, a presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Maria Helena Gargaglione Póvoas, determinou, na noite de ontem (29), a adoção de quarentena obrigatória em todos os municípios classificados com risco muito alto de contaminação para a covid-19. 

A decisão foi tomada em um pedido do Ministério Público do Estado, e apontou que o decreto estadual nº 874/21, que reativou a classificação de risco e suas medidas recomendatórias, é, na realidade, impositivo e não orientativo. Segundo a classificação estadual, 50 cidades estão com risco muito alto de contaminação, entre elas Cuiabá e Várzea Grande. 

Cabe destacar que o governador Mauro Mendes (DEM) enviou para a ALMT uma proposta de antecipação de feriados, com o intuito de diminuir a circulação de pessoas pelo período de 10 dias seguidos. Contudo, a proposta foi rejeitada por maioria dos deputados

“Eu já tinha dito que, se não fizesse, o Judiciário ia acabar dando uma canetada. Eu sempre defendi que o prejuízo menor seria aquele de antecipar os feriados. Infelizmente, não ocorreu e agora temos que passar por esse lockdown”, finalizou Botelho.
 
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