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25/04/2021 às 10:00

Cantora cuiabana prepara música e clipe que exaltam amor entre duas mulheres

Paula Shaira fez a canção a partir da própria história e espera que outras pessoas se identifiquem

Entretê

Cantora cuiabana prepara música e clipe que exaltam amor entre duas mulheres

Foto: Willian Kanashiro

Em novo projeto, a cantora e compositora Paula Shaira celebra o amor em sua diversidade. Uma mensagem escrita no compasso nostálgico das teclas de uma máquina de escrever dá a deixa a “Bilhete”, música a ser lançada nas plataformas de streaming,DeezereSpotfy, no dia 30 de abril. Já o videoclipe de divulgaçãoda música chega ao seu canal oficial noYouTubeno dia 5 de maio. A direção é deAndré Zambonini.

Esta é uma das poucas produções, no contexto do audiovisual mato-grossense, a exaltar o amor entre duas mulheres. “Essa é minha história também. Quero que a música – uma linguagem universal – me represente, fale sobre mim. Quero que pessoas que compartilham desses sentimentos, se sintam representados do mesmo modo”, ressalta a cantora.

A letra fala sobre o desejo de um reencontro. “De fazer morada em alguém. Do lar que não é um lugar, mas uma pessoa”, descreve. “E para traduzir várias nuances da narrativa, tem um pouco de folk com pegada brazuca. Tem ainda, em caráter experimental, as batidas da máquina de escrever como elemento percussivo. Gostei muito do resultado”, diz Paula Shaira.

A produção é do músico Lucas Oliveira, do time da Sumac Records. “Eu tenho muito a agradecer ao Lucas, ao João Reis, que fez o violão, e ao Willian Kanashiro, que fez a ponte entre mim e a equipe da Sumac. Importante citar também o músico João Abrantes, que é como um irmão para mim. Durante toda a produção me deu todo suporte necessário e, inclusive, participou do clipe”.

Ao comentar suas apostas, Lucas diz que priorizou a leveza. “Isso da máquina de escrever foi uma aposta para fundir o auditivo e o visual. Montei os sons da máquina em uma bateria eletrônica e João Reis fez o violão. Outro elemento percussivo foi a moringa, um instrumento árabe de percussão que traz um tom mais alegre e orgânico”, descreve Lucas Oliveira.

Depois disso, entrou em cena um dos mais importantes engenheiros de som do Brasil. “Ela foi mixada por Luiz Paulo Serafim, que já trabalhou com Caetano Veloso, Rita Lee e Djavan, dentre outros gigantes da música popular brasileira”.

Produzindo na pandemia

O projeto “Bilhete, com Paula Shaira” foi selecionado no Edital MT Nascentes, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) com recursos da Lei Aldir Blanc. Paula mal imaginava que, em meio às condições tão adversas impostas pela pandemia, conseguiria realizar um trabalho tão elaborado, com suporte técnico e criativo.

Ultimamente também não estava conseguindo concentrar os esforços na produção autoral dada a agenda movimentada de apresentações em bares e casas de show de Cuiabá e Sinop. “Tive que dar um tempo, pois precisava me manter. Daí a gente tem que realizar outros tipos de trabalho, além de apostar no trabalho de intérprete para manter a agenda de apresentações. Agora, enfim, estou realizando mais um sonho”, revela.
O secretário de Estado de Cultura, Esportes e Lazer (Secel-MT), Alberto Machado, músico que é, se entusiasma com o projeto. “Paula Shaira tem muito potencial. Estamos curiosos para conhecer a nova música”.

Trajetória

Paula Shaira, hoje com 23 anos, deu os primeiros passos rumo à música, aos 13, motivada pelo irmão e sua mãe (in memorian). “Eles foram muito importantes e me incentivaram muito. Mas o despertar veio mesmo quando comecei a tocar o violão de um amigo. Foi então que passei a compor. Aos 15, já tinha 180 músicas”, orgulha-se. No processo de composição, cria primeiro as melodias e então, a letra surge.

Das incursões por estúdios, foi em 2013, também aos 15, que passou a produzir suas músicas no estúdio de Well Ribeiro. Aos poucos, sua carreira solo profissional começava a se delinear, pois logo veio o primeiro EP, com a produção de Thomas Alexander, baterista da Restart.

Em 2018 passou a morar na casa do amigo Paul Domingos, em São Thomé das Letras (MG). Ao voltar de São Thomé, começou a trabalhar cada vez mais com apresentações em barzinhos, fazendo música ao vivo. E eis que em meados de 2020, Paul mostrou o trabalho da cantora para o experiente diretor artístico Marcos Maynard. A partir daí, passou a integrar o casting da Editora Maynard.

“Ele gostou do meu trabalho. Nos conhecemos e, novamente com a produção de Thomas, gravei mais três músicas. Foi um contato bem legal que fiz, pois daí foram gravadas ‘Ioiô’, ‘Sozinha’ e ‘Toda errada’. Depois veio a pandemia e comecei a produzir músicas à distância com Thomas e, ainda pela Maynard, produzi músicas como ‘Acredito no Amanhã’ e uma ainda a ser lançada”, adianta.

Foto 01 -Willian Kanashiro
Foto 02 -André Zambonini
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