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05/11/2021 às 09:50

Superman bissexual: Confira uma lista de personagens LGBTQIA+ da cultura Pop

Apesar da polêmica recente, a representatividade sempre esteve presente nos quadrinhos e nas animações

Paulo Henrique Fanaia

Superman bissexual: Confira uma lista de personagens LGBTQIA+ da cultura Pop

Foto: DC Comics

Se você não mora na Fortaleza da Solidão, já deve estar por dentro de toda a polêmica envolvendo a sexualidade do novo Superman. Foi revelado pela DC Comics que Jonathan Kent, filho do Superman, assumirá não só o manto heróico do pai, mas também um romance com um amigo, confirmando, desta forma, a bissexualidade do herói.

A sexualidade dos personagens sempre foi tabu nos quadrinhos, animações e filmes. Em uma sociedade que discrimina pessoas reais, não é de se admirar que personagens fictícios também sofram com preconceito.

Foi pensando nisso que o Entrete! separou 10 personagens que fazem parte da comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gaysm bissexuais, pessoas trans, queers, intersexo, assexual e outras expressões de gênero e de orientação sexual diferentes da cisheteronormatividade), para mostrar que o mundo está mudando e a representatividade está mais presente do que nunca.

Ah! No final tem de bônus uma indicação de leitura fantástica!

Loki (Marvel)

Durante muitos anos, a sexualidade de Loki foi discutida pelos fãs dos quadrinhos. Em algumas publicações antigas, Loki às vezes era tratado como pansexual e de gênero fluido. A confirmação mesmo veio somente na série solo do vilão.

Em “Loki”, a revelação aconteceu antes mesmo da série ser lançada, graças a uma imagem dos créditos finais que mostra um “cartão de identificação” do personagem. Em uma parte dedicada ao sexo, está escrito apenas a palavra“Fluido”. Já no terceiro episódio da série, durante uma conversa entreLokieSylvie, a variante feminina do Deus da Trapaça questiona se ele já teve alguma princesa ou príncipe. De imediato Loki responde:“Um pouco dos dois. E acho que você também”. Assim, é confirmado que, noUniverso Cinematográfico da Marvel, Loki se relaciona com homens e mulheres.

Arlequina e Hera Venenosa (DC)

A Arlequina foi criada nas animações do Batman para atrair o público infantil. A personagem sempre foi retrada como a namorada do Coringa e como uma das vilãs mais malucas e divertidas da DC. Porém, depois de muito tempo sofrendo em uma relação conturbada e tóxica com o Coringa, a querida Harley resolve se emancipar e, finalmente, se apaixonar. E, dessa vez, a fisgada foi a ruiva Hera Venenosa.

O romance das duas vilãs já é consolidado na DC Comics, sendo mostrado não só nos quadrinhos, mas também na nova animação da Arlequina (que é ótima por sinal!). As personagens até mesmo se casaram em uma das edições da saga Injustice.

Ele (As Meninas Superpoderosas)

Quem acha que “essa moda de personagem LGBTQIA+ é coisa nova” é porque se esqueceu do vilão mais famoso do Cartoon Network, “Ele”. Apesar de ter um nome do gênero masculino, “Ele” tem a voz ambiguamente andrógena, ora mais aguda, ora mais grave, além de possuir um jeito "afeminado". Durante um dos episódios, “Ele” demonstra um certo afeto por outro vilão, o Fuzzy Confusão.

Deadpool (Marvel)

Um dos personagens mais queridos da atualidade, Deadpool é revolucionário quando o assunto é romance. Segundo o escritorGerry Duggan, Wade WIlson é pansexual, capaz de paquerar com qualquer ser humano. O mutante daX-Forcee do universo cômico da Marvel já se envolveu sexualmente e romanticamente com inúmeros personagens, dentre eles do gênero masculino, feminino ou não-binários.

Isso ainda não foi muito explorado nos quadrinhos, mas o intérprete de
Deadpoolnos cinemas,Ryan Reynolds, já declarou ter desejo de abordar isso nos filmes.

Constatine (DC)

A sexualidade do mago mais perigoso e rebelde do mundo tem sido discutida desde os anos 1990. O personagem se declarou bissexual em 1992, quando revelou ter ex-namorados e ex-namoradas. Infelizmente, tal informação foi ignorada em diversas aventuras do mestre das artes ocultas até recentemente, sendo explorado não só nos quadrinhos, mas nas séries live-actions.

Nas séries live-action, Constantine já esteve envolvido com Sara Lance, uma garçonete chamada Desmand e Gary Green do Time Bureau. Atualmente nos quadrinhos, Zatanna tem sido o interesse romântico dele.

Patty Bouvier (Os Simpsons)

Nos primórdios de Os Simpsons, uma das irmãs mais velhas de Marge, Patty escondia a orientação sexual, supostamente optando pelo celibato, como forma de se manter distante de relacionamentos.

No momento em que ela se assume lésbica, o público tem um dos momentos mais legais da série, pois Patty encontra apoio em Homer. Ele, inclusive, é convidado para celebrar o casamento da personagem.

Batwoman (DC)

Nas histórias do Batman, Kate Kane serviu o exército até ser dispensada graças à "Don't Ask, Don't Tell" ("Não Pergunte, Não Conte"), uma política norte-americana que visava identificar e expulsar membros homossexuais ou bissexuais do serviço militar. Depois de um encontro inesperado com Batman, ela se inspirou em colocar seu treinamento em prática e lutar contra o crime, vestida como a Batwoman.

Uma peça-chave da história de Kate é o pai dela, que apoia tanto a luta contra o crime quanto a sexualidade da filha. É fácil perceber que ele está orgulhoso das conquistas de Kate como pessoa. Ele até equipou e criou o uniforme da Batwoman, tudo para conseguir o melhor resultado possível. Era comum que os membros da comunidade LGBTQIA+ fossem evitados pelos amigos, família, colegas de trabalho e pela sociedade em geral, então, o fato de o pai de Kate a apoiar tanto significa o mundo para ela.

Rick Sanchez (Rick e Morty)

Após se relacionar com a Unidade, um ser que é um coletivo de mentes de indivíduos assimilados, é revelado que Rick é panssexual. Essa sempre foi a ideia dos criadores do personagem.

Estrela Polar (Marvel)

Desde a concepção na década de 1960, porStan LeeeJack Kirby, os X-Men sempre foram uma metáfora para a forma como minorias são tratadas por uma sociedade contaminada por preconceito e medo do desconhecido. Portanto, não foi surpresa que o primeiro super-herói abertamente gay das HQs norte-americanas aparecesse no título.

Apresentado como integrante da Tropa Alfa, uma equipe mutante canadense, Estrela Polar foi criado como homossexual desde o início, mas devido à pressão do Código dos Quadrinhos, só pode se assumir oficialmente na década de 1990, em uma história que debatia os tabus a respeito da AIDS.

Em 2012, o personagem também protagonizou o primeiro casamento gay daMarvel Comics, uma celebração que reuniu grande parte do elenco mutante e a família de noivo humano Kyle Jinadu.

Mulher-Maravilha (DC)

A Mulher-Maravilha é nascida e criada em Themyscira, uma ilha paradisíaca habitada apenas por mulheres. Embora esse cenário crie uma alta probabilidade de que Diana tenha se relacionado com outras amazonas, o assunto foi abordado de forma quase subliminar por anos.

A primeira confirmação ocorreu no quadrinho "Mulher-Maravilha: Terra Um", que aborda o assunto de diversas formas e, em uma delas, a heroína chama a amazona Mala de “minha amante”.

Porém, a bissexualidade da personagem se tornou parte do cânone durante a fase do "Renascimento DC", em que a vida amorosa da heroína na Ilha Paraíso é tema de uma conversa entre outras guerreiras.Greg Rucka, roteirista responsável pela trama, afirmou que“ninguém na DC me disse ‘ela deve ser heterossexual’. Nunca".

Bônus!

Amor é Amor

Em 2016, um homem invadiu a boate Pulse, uma casa noturna LGBTQIA+ em Orlando nos EUA, assassinando 49 pessoas e ferindo gravemente mais de 50.

Com o intuito de levantar fundos para sobreviventes e familiares das vítimas do massacre, as editorasDC ComicseIDWse uniram para a criação de "Amor é Amor", uma coletânea de histórias e artes que reuniu grandes quadrinistas comoGrant Morrison,Brian Michael Bendis,Gail SimoneeGeorge Perez.

As histórias são protagonizadas por personagens icônicos dos quadrinhos, que vão desde do grande elenco de super-heróis da DC, gays ou não, passando porArchieeThe Spirit.

Descrito como uma carta de amor à comunidade LGBTQIA+, a publicação foi premiada comoMelhor AntologianoPrêmio Eisner de 2017e, quase um ano depois, já havia arrecadado mais deUS$ 216 milhões, destinados também aoThe Trevor Project, que visa a prevenção de suicídio de pessoas LGBTQIA+ dos EUA.
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3 comentários

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  • Cidadão indignado 01/12/2021 às 00:00

    Agora é esperar e ler o que vão dizer dos ursinhos carinhosos. Uma minoria consegue bagunçar com tudo.

  • Felipe 06/11/2021 às 00:00

    Vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros. Queira por favor refazer seu comentário e reenviá-lo. Obrigado.

  • Siri Garcia 05/11/2021 às 00:00

    Muito legal a matéria!

 
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