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Notícias / Artes visuais

23/02/2022 às 18:13

Artista denuncia furto de obras de arte do Parque das Águas

A exposição “O Brasil que eu quero – Hábitos para habitar um planeta” foi encerrada antecipadamente por desaparecimento das telas

Priscila Mendes

Artista denuncia furto de obras de arte do Parque das Águas

Das 24 obras, apenas três permaneceram

Foto: Mari Gemma

A exposição “O Brasil que eu quero – Hábitos para habitar um planeta”, que estava aberta no Parque das Águas, foi encerrada. Isso porque as obras foram furtadas na madrugada dessa terça-feira (22). A artista visual Mari Gemma usou as redes sociais nesta quarta-feira para lamentar e denunciar o fato.

Muito entristecida, Mari Gemma publicou que, das 24 obras, apenas três permaneceram no parque. A exposição, mesmo temporária, seguiria até o dia 11 de março.

“Elas não foram depredadas ou rasgadas. Foram retiradas cuidadosamente e isso exigiu o uso de tesoura ou outro objeto cortante para retirar as sete braçadeiras que fixavam a obra no alambrado. Elas não foram encontradas jogadas pelo parque. Portanto, não se trata de um ato de vandalismo destrutivo”, narrou a artista.

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Apontando a condição controversa do que ela considerou ser um furto, Mari Gemma registrou que, mesmo que a temática das telas falasse de “amor, respeito, acolhimento, igualdade, saúde e tantas outras virtudes necessárias ao planeta, à humanidade”, tendo em vista que a artista se inspirou na “Agenda 2030”, proposta pela ONU em 2015, para desenvolver o trabalho, “as mensagens não foram suficientes para sensibilizar as pessoas” para que se sentissem impedidas de cometer o crime.

Por outro lado, Mari Gemma refletiu sobre o interesse de quem furtou acerca das obras: “Vejo que o cuidado com que foram retiradas mostra a vontade dessas pessoas possuírem arte e quão distante a arte/cultura estão delas. Afinal, pra que mais estas obras serviriam a não ser para colocar numa parede? [...] Minha tristeza é por saber/sentir o quão carente de valores edificantes e de arte as pessoas estão”.

Apoio

Diante das declarações da artista, muitos da categoria se solidarizaram em grupos de Whatsapp, dentre os quais, o do Entretê.

O locutor da Rádio Assembleia Cléber Dias registrou que, enquanto frequentador assíduo do Parque das Águas, havia percebido a falta das obras. “Inclusive, estranhei, porque restavam apenas duas ou três… Sou solidário à sua dor. Que Deus ajude que tenhamos resposta rápida a esse vandalismo”, publicou.

O secretário adjunto de Cultura de Mato Grosso, Jan Moura, também refletiu sobre o cuidado na retirada das telas e ausência de marcas de depredação. “Realmente é uma situação tão complexa. Visibiliza o quanto a arte e a educação são tão necessárias. Vivemos tempos difíceis”, registrou.

O jornalista e músico Raoni Ricci buscou animar Mari Gemma. “Me solidarizo com sua dor e, se puder ajudar a amenizá-la, afirmo que sua exposição tocou o Parque e seus visitantes. Parabéns!”.

Edital Movimentar - Cultura

A Exposição “O Brasil que eu quero – Hábitos para habitar um planeta” foi contemplada pelo edital Movimentar – Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT) e tem o apoio da Prefeitura de Cuiabá.

Foto do corpo do texto: Exposição antes do incidente. Crédito: Mari Gemma
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