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Notícias / Cinema

17/05/2020 às 10:00

LGBTQIA+: visibilidade no audiovisual pauta programação do Cineclube Coxiponés

Semana de Combate à LGBTfobia promove o compartilhamento de filmes, conversas e sugestões de conteúdo nas redes sociais

Maria Clara Cabral

LGBTQIA+: visibilidade no audiovisual pauta programação do Cineclube Coxiponés

Raphaely Luz em “Aquilo que me olha”, de Felippy Damian

Foto: Divulgação

Produções audiovisuais que dão visibilidade a pautas e realizadores LGBTQIA+ são foco da Semana de Combate à LGBTfobia do Cineclube Coxiponés da UFMT, em ocasião Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, que começa neste domingo (17) e segue até o dia 23 de maio.

A programação inclui o compartilhamento nas redes sociais de filmes, comentários sonoros sobre produções audiovisuais, além de conversas sobre representatividade e sugestões de conteúdos que tematizam personagens e relações LGBTQIA+.

“Nas últimas décadas, há conquistas a serem lembradas e celebradas em relação dos direitos
LGBTQIA+e à construção de representaçõesnão-estigmatizantesno campo do audiovisual. Essa programação também é uma forma de combater qualquer retrocesso, inclusive no campo de políticas de fomento ao audiovisual que tematiza essas questões”, enfatiza Diego Baraldi, supervisor do Cineclube Coxiponés.

A Semana de Combate à LGBTfobia foiconstruída a partir do diálogo e intercâmbio entre o Cineclube Coxiponés,a Coordenação de Cultura e Vivência da PROCEV/UFMT comrealizadores, colaboradores, professores e estudantes da UFMT.

Também somam ao projeto, parcerias de longa data, como oColetivo Audiovisual Negro Quariterê, Festival Tudo Sobre Mulheres, Círculos Anônimos da Palavra, Grupo Quadro a Quadro, MTQueer, Belo Belo de Cinema, Dias de Cinefilia, CosStream, CineCos e Abeh/MT.

A programação está disponível noFacebook,Instagramesitedo Cineclube Coxiponés.

Destaques

Durante a semana serão compartilhadas diferentes listas com sugestões de conteúdos audiovisuais relacionados ao universo LGBTQIA+, como games, videoclipes, filmes, personagens de telenovelas, webséries, entre outros.

Domingo (18): às 15h, o realizador audiovisual e músico Bemti indica dez videoclipes LGBTQIA+ que orbitam o universo de referências sonoras do synth pop e do indie; às17h, o crítico de cinema Cássio Starling Carlos revisita suas críticas sobre filmes e diretores que retrataram, direta ou indiretamente, questões LGBTQIA+.

Segunda-feira (19): o professor do Curso de Cinema & Audiovisual da UFMT Claudino Mayer compartilha uma lista com personagens LGBTQIA+ que marcaram a história da telenovela brasileira, da década de 1970 à atualidade.

Jenisson Bartniski, estudante do curso de Radialismo da UFMT, também apresenta uma seleção de títulos LGBTQIA+ publicados na plataforma Costream -único streaming do Brasil voltado para trabalhos universitários -disponíveis para acesso gratuito.

Filmes

Como já é de costume, a partir das 19h30 desta terça-feira (19), acontece a Temporada de Filmes Online, realizada em parceria entre realizadores, Cine Teatro Cuiabá, Cineclube Coxiponés e Rede Cineclubista de Mato Grosso.

Durante a Semana de Combate à LGBTfobia, o compartilhamento de filmes de
Facebook do Cine Teatro Cuiabá dá visibilidade a curta-metragens produzidos em Mato Grosso que apresentam personagens LGBTQIA+.

Entre os curtas compartilhados estão:

Aquele disco da Gal
(Juliana Curvo & Diego Baraldi, 2017, 25’, classificação indicativa 16 anos)

Aquilo que me olha
(Felippy Damian, 2015, 11’, classificação indicativa 18 anos)

Boneca de Neuza
(Luzo Reis & Thiago Costa, 2010, 11', classificação indicativa 14 anos)

Caio André
(Luiz Marchetti, 2011, 7’, classificação indicativa 14 anos)

Ciranda
(Ângela Coradini & Felippy Damian, 2017, classificação indicativa 16 anos)

Como ser racista em 10 passos
(Isabela Ferreira, 2018, 13’, classificação indicativa 14 anos)

Drag Nostra
(P.V. Vidotti, 2019, 13’, classificação indicativa 16 anos)

Majur
(Íris [Rafael Irineu], 2018, 20’, classificação indicativa 10 anos)

Plus size: can be diva!
Elton Martins, 2019, 23’, classificação indicativa 14 anos)

Se acaso a tempestade fosse nossa amiga eu me casaria com você
(Wuldson Marcelo & Felippy Damian, 2015, 20’, classificação indicativa 16 anos)

Cine Comentário Sonoro

Ao longo da semana, também serão publicados oito novos episódios da série Cine Comentário Sonoro por realizadores (as) que participaram de edições anteriores da Mostra Audiovial Universitária da América Latina (MAUAL).

Na série, cineastas compartilham informações sobre a realização de seus curtas através de uma faixa de comentário sonoro sobreposta aos filmes.

Além de ampliar percepções sobre visibilidade e representatividade LGBTQIA+, os comentários são oportunidades de conhecer os bastidores das produções e possibilidades criativas envolvendo realização audiovisual de baixo orçamento.

Domingo (17): “Verde Limão” (Henrique Arruda, RN, 2018, 18’, classificação indicativa 16 anos), às 18h; e “Sair do Armário” (Marina Pontes, BA, 2018, 3’, classificação indicativa livre), às 19h;

Segunda-feira (18): “Adeus Estrada de Tijolos Amarelos” (Hiran Matheus, RJ, 2018, 18’, classificação indicativa 14 anos), às 19h.

Quarta-feira (20): “Bicha Bomba” (Renan de Cillo, PR, 2019, 8’, classificação indicativa 14 anos), às 19h;

Sexta-feira (21): “Caio André” (Luiz Marchetti, MT, 2011, 7’, classificação indicativa 14 anos), às 19h.

Sábado (22): “Inconfissões” (Ana Galizia, RJ, 2017, 21’, classificação indicativa 18 anos), às 19h; “Para costurar folhas secas” (Day Rodrigues, SP, 2017, 8’, classificação indicativa 14 anos), às 19h30; e “Majur” [Íris (Rafael Irineu), MT, 2018, 20’, classificação indicativa 10 anos], às 20h.

Dia Internacional de Combate à LGBTfobia

O dia 17 de maio foi escolhido para celebrar a exclusão da homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1990.

Mesmo com essa e outras conquistas, relações entre pessoas do mesmo sexo continuam a ser consideradas um crime em 70 países, de acordo com o relatório mundial "Homofobia de Estado", realizado pela ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais).
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