Até o dia 24 de agosto, todas as madrugadas serão de espetáculo no céu. Trata-se de uma ‘chuva de estrelas cadentes’ conhecida como Perseidas, que é anual e já começou. “Na melhor das hipóteses, você vai ver dois meteoros a cada minuto”, avisa David Galadí, astrônomo no Observatório de Calar Alto (Centro Astronômico Hispano-Alemão).
O fenômeno é mais visível em localidades afastadas e com pouca luz artificial. Neste ano, no entanto, a chuva de meteoroides tem naturalmente mais clareza com a chegada da lua nova, que não brilhará tanto como em 2019, quando a lua cheia ofuscou o Perseidas.
O melhor horário para ver os riscos brilhantes cruzando rapidamente o céu é a partir das 3h, quando a luz da lua crescente está mais fraca. O fenômeno vai acontecer na direção da constelação de aquário. Para quem não quer perder tempo, a dica é baixar um aplicativo no celular que localize essa constelação no céu.
O fenômeno
Os brilhos são provocados por pequenos meteoroides – partículas com tamanho inferior a um grão de areia – que entram na atmosfera a mais de 210.000 quilômetros por hora.
O fenômeno ocorre porque a Terra cruza anualmente os restos da cauda de um cometa, chamado109P/Swift-Tuttle, que completa uma órbita ao redor do Sol a cada 133 anos aproximadamente. Quando se aproxima doSol, o cometa se aquece, emite jorros de gás e pequenas partículas sólidas que terminam na nossa atmosfera.
“A uma velocidade dessas, o choque com a atmosfera é tão brusco que a temperatura dessas partículas aumenta em até 5.000 graus Celsius numa fração de segundo, por isso se desintegram emitindo um clarão. Isto ocorre entre os 100 e 80 quilômetros sobre o nível do solo”, explica José María Madiedo, especialista no assunto e pesquisador doInstituto Astrofísico da Andaluzia(IAA-CSIC).
No entanto, os restos não se aproximam de outros planetas e nada de nocivo pode se desprender das estrelas cadentes.