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25/08/2020 às 09:38

Temporada reúne filmes de mulheres mato-grossenses com foco no combate à violência

Programação online compartilha curtas, média, making of e registro de espetáculo teatral de diferentes gerações de realizadoras

Maria Clara Cabral

Temporada reúne filmes de mulheres mato-grossenses com foco no combate à violência

Nó de rosas (2007), de Glória Albuês

Foto: Divulgação

Dez obras audiovisuais de realizadoras mato-grossenses serão atrações dessa semana na Edição Especial da Temporada de Filmes do Cine Teatro Cuiabá em alusão a campanha Agosto Lilás. Os filmes abordam o protagonismo feminino e colocam em cena situações relacionadas à violência (e/ou combate à violência) contra mulheres.

A programação reúne curtas, média, making of e registro de espetáculo teatral, que serão compartilhas a partir desta terça-feira (25), às 19h30, no Facebook do CTC. A ação é organizada em substituição à programação presencial, cancelada em atenção às medidas de contenção e prevenção à covid-19. Os filmes também ficarão reunidos aqui.

Enquanto durarem as medidas de distanciamento social, a Temporada difunde conteúdos audiovisuais independentes, com ênfase na produção realizada em Mato Grosso. O compartilhamento acontece sempre no mesmo dia e horário da em que tradicionalmente acontecem as sessões de cinema do Cine Teatro Cuiabá.

A ação envolve parceria entre realizadoras das obras compartilhadas, Cine Teatro Cuiabá, Cineclube Coxiponés, Rede Cineclubista de Mato Grosso (REC-MT) e o Conselho Estadual de Direitos da Mulher da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (SETASC/MT).

A classificação indicativa das obras é de 14 anos.

Confira os filmes que serão compartilhados:


A gente nasce só de mãe (Caru Roelis, 2017, 20’)

Sinopse: O curta retrata a história de Emilly Barbosa (Edilaine Duarte), uma adolescente de 17 anos vivendo em situação precária com seus dois irmãos e o filho recém-nascido na periferia de Várzea Grande-MT. Desde que a mãe (Bia Corrêa) foi morar com o namorado, a pobreza de Emily se agrava e um corte de energia incita uma enorme tragédia. Exibido em dezenas de mostras no Brasil e exterior, “A gente nasce só de mãe” foi eleito o melhor curta mato-grossense pelo júri oficial da MAUAL 2018 (17ª Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina, realizada pelo Cineclube Coxiponés da UFMT).


Contidas nunca mais (Núcleo de Mulheres Cena Livre de Teatro, 2019, 42’)
Sinopse: Registro audiovisual do espetáculo teatral homônimo que mostra, de forma poética e performática, os estágios de violência sofridos por mulheres vítimas do feminicídio. A encenação critica a banalização e naturalização promovidas pela mídia em suas abordagens escandalosas sobre o feminicídio e propõe a união entre as mulheres como solução para confrontar o desrespeito da sociedade com a mulher. Com Ana de Mello, Manuela, Luana Ercília, Wenni Justo, Bárbara Biguinatti, Thalita Bastos e Líndice Moraes. Direção do espetáculo: Anna de Mello. Dramaturgia coletiva do Núcleo de Mulheres Cena Livre de Teatro. Registro do espetáculo: Luis Fernando Fernandes (câmera), Carla Renk (som) e Ana Carolina de Mello (edição). Teaser de divulgação: João Pedro Regis (câmera) e Ana Carolina de Mello (direção de arte e edição).


Controvérsias (Vitória Molina, 2018, 15’)
Sinopse: Gabriela (Marcela Vieira) é uma estudante de letras que vive um belo romance com o músico Caio (Lucas Lemos). Eles vivem uma história de amor, até que Gabi se vê sendo destruída aos poucos.


De volta pra casa (Danielle Bertolini, 2016, 61’)

Sinopse: Preso devido à violência doméstica cometida contra sua mulher, José faz planos de regressar para a esposa e filhas após sair da prisão. Este documentário acompanha sua trajetória, e busca refletir sobre as causas da violência contra a mulher no Brasil, ouvindo os mais diversos atores e atrizes deste drama familiar e social.


Duas em um (Ana de Mello, 2018, 2’)
Sinopse: Uma menina (Ana de Mello) em tempos diferentes se percebe no mesmo espaço.


Inexorável Marilza (Carol Araújo, 5’, 2013)
Sinopse: Documentário sobre a poetiza Marilza Ribeiro, que transborda inquietações e reflexões sobre a cidade, a arte e o outro.


Licor de pequi (Marithê Azevedo, 2016, 15’)
Sinopse: O curta tem poética construída a partir de três gerações de mulheres: uma senhora (Lúcia Palma) guarda a memória do lugar por meio de objetos que juntou durante a vida, mas está esquecendo as palavras; uma jovem poeta (Luana Costa) busca a palavra geradora para escrever seus poemas; já a menina (Flor Leite), em fase de alfabetização, descobre as palavras. Uma conta histórias, a outra escreve poemas, a terceira solta pipas. As três habitam o mesmo espaço urbano, o Centro Histórico da cidade de Cuiabá, com casas abandonadas, casas habitadas e casas restauradas, todas com camadas distintas de memória. O filme foi realizado com recursos do MINC/SAV por meio de edital de curta metragem onde concorreram realizadores de todo o país.


Making of Mata Grossa (Cia D’Artes do Brasil, 2020, 11’)
Sinopse: Resgatar a história feminina no Estado de Mato Grosso. Essa é a proposta do documentário inédito “Mata Grossa”, de Tati Mendes e de Amauri Tangará. O making of investe no processo de realização do filme, dificuldades enfrentadas pela produção, descobertas feitas durante as filmagens e resultados alcançados. Filmado em 2018 e com previsão de lançamento para o final de 2020, “Mata Grossa” reúne 13 mulheres que se destacam no rompimento da lógica historicamente instituída na qual os homens são colocados como protagonistas dos principais acontecimentos do Estado.

Nó de rosas (Glória Albuês, 2007, 15’)
Sinopse: O curta apresenta a história de Rosa, Rosália e Rosário, mulheres de três gerações unidas pelo sangue. Rosa, nascida na fronteira do Brasil com a Bolívia, é filha de pai brasileiro e mãe boliviana. A trágica morte da mãe Rosália afeta a sexualidade de Rosa, que não consegue atingir o orgasmo. Através de uma viagem onírica à Bolívia em busca de suas origens, Rosa encontra a avó Rosário, que a inicia nos caminhos de sua ancestralidade feminina e na descoberta da plenitude do amor. O filme protagonizado por Juliana Knust e Sandro Lucose é uma co-produção Brasil/Bolívia e foi exibido em diversos festivais e mostras de cinema, incluindo: 14º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá; 18º Festival Internacional de São Paulo; XXXIV Jornada Internacional de Cinema da Bahia; III Festival de Cinema Feminino Tudo Sobre Mulheres; 7º Goiânia Mostra Curtas; 6º Festival de Cinema de Juiz de Fora; 12º Brazilian Film Festival of Miami; Selecionado para circulação no SESC Amazônia das Artes.


Poemargens (Anna Maria Moura & Sol Ferreira, 2020, 25’)
Sinopse: Sol e Ananás coadunam em poemas, investigando as possibilidades de comunicação entre poesia marginal e performatividade para uma produção artística singular e autoral onde rimas se tecem e trajetórias se recriam.

Com assessoria
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