O senador Jayme Campos (DEM) votou com as lideranças do Democratas para a expulsão do deputado federal Rodrigo Maia (sem partido) da legenda, no dia 14 de junho. Entretanto, em sua avaliação, a decisão - tomada de forma unânime - teria sido precipitada.
Ex-presidente do DEM, Rodrigo Maia foi expulso da sigla sob alegação de que teria cometido "infração disciplinar". Em Brasília, sua relação com o Democratas já se apresentava desgastada em razão de críticas feitas pelo deputado federal sobre a direção da legenda no Congresso Nacional, que estaria apoiando cegamente pautas do governo federal.
Mais recentemente, o processo de eleição do sucessor de Rodrigo Maia na Câmara dos Deputados foi o que teria acelerado o desgaste no partido. Maia apoiava a candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB), enquanto o DEM apoiou o atual presidente, Arthur Lira (Progressistas), cuja candidatura também foi alavancada por Jair Bolsonaro. O fato levou Maia a criticar, mais uma vez, os colegas de partido, afirmando ter sido vítima de uma grande traição.
Na visão do senador Jayme Campos, que é um dos vice-presidentes do Democratas, faltou diálogo e direcionamento com Rodrigo Maia. Entretanto, ele afirma que a expulsão do parlamentar é resultado de um “clima ruim” que se instalou no partido em razão das divergências do deputado com o atual presidente ACM Neto.
"Eu votei, mas já estava definido por unanimidade, como foi a aprovação. Eu acho que houve, talvez, uma certa precipitação. Talvez por falta de um melhor diálogo, encaminhamento, resumiu nesse momento. E acho que não é um momento saudável, enquanto outros partidos tentam se fortalecer”, comentou o senador.
Jayme lembrou que Rodrigo Maia tem trajetória política e foi um dos fundadores do Democratas. “De qualquer forma, lamentavelmente, por unanimidade, o partido expulsou ele. Eu acredito que esteja indo para outra agremiação partidária, MDB, PSD, DC, PSL. Enfim, é um assunto do próprio Rodrigo, mas tenho muita admiração e respeito por ele”, disse.
Conforme as especulações, Maia deve se filiar ao PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.
