Que a ala bolsonarista de Mato Grosso procura um nome para lançar na disputa ao governo do Estado, já é um entendimento pacífico. No entanto, o grupo ainda não chegou a um acordo sobre quem deve ser esse candidato.
Na visão do deputado estadual Delegado Claudinei (PSL), o candidato não poderá ser alguém “desconhecido”, como aconteceu na eleição suplementar ao Senado de 2020, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu apoiar a Coronel Fernanda (Patriota), colocando-a em segundo lugar nas votações. Apesar disso, ele afirma acreditar que Bolsonaro será capaz de carregar um candidato, puxando boa parte dos votos.
“Não tem como dizer agora que está definido, mas tenho certeza que a gente vai ter essa oportunidade de está vendo o melhor nome. Só que eu acho que tem que não pode só depender desse apoio do presidente Bolsonaro, tem que ter um nome de impacto, um nome que consiga alavancar, buscar votos, né?”, ponderou o parlamentar.
Claudinei também está atento às especulações em torno de nomes que estariam pleiteando o apoio do gestor federal e ponderou: “Tem que ter esse perfil de direita. Não adianta pegar um candidato que vem de um partido de esquerda e trazer para cá para pegar o apoio do presidente. A população não é mais boba”.
Em sua visão, o candidato já tem que ter serviços prestados em Mato Grosso e ter nome forte entre a população.
Bolsonarista, o delegado também é um dos políticos mato-grossenses que acompanham as discussões nacionais para decidir o próprio rumo para 2022. No caso de Claudinei, ele já afirmou que não descarta deixar o PSL para seguir Bolsonaro, caso ele se filie ao Patriotas, conforme se alinha o cenário.
Claudinei também não está contente no PSL, que tem feito definições sem discutir com os filiados, segundo ele. A exemplo, a posse do presidente estadual do partido como representante de Mato Grosso em Brasília, e a chegada do ex-senador Cidinho Santos (PSL), aproximando o partido da base do governo estadual, o pegaram de surpresa.
Contudo, a intenção do deputado é conseguir a reeleição e, por isso, ele não descarta permanecer no partido, considerando que este tem a maior bancada na Assembleia.
