O deputado estadual João Batista (Pros) endureceu o tom das críticas feitas ao governo estadual pelo não pagamento das emendas impositivas desde o ano de 2020 e afirmou que o Estado não cumpre as determinações legais. Nesse caso, sugeriu que membros do Executivo concorram nas eleições para a Assembleia Legislativa e, depois, proponham a revogação das leis às quais são contrários.
“Estou cobrando que seja executado aquilo que estiver na lei. Se não vai pagar as emendas, vamos revogar a lei. Eu aprendi com o grande advogado Luiz da Penha: eu posso não concordar com a lei, mas enquanto ela for lei, cumpra-se, senão vai lá, concorre e vira legislador e revoga ela”, criticou o parlamentar na tarde dessa terça-feira (29).
De acordo com João Batista, dos quase R$ 8 milhões de emendas às quais teria direito em 2020, apenas R$ 2 milhões foram executados. Neste ano, porém, nenhum valor foi empenhado.
O caso das emendas impositivas do governo, ou seja, das destinações orçamentárias obrigatórias liberadas aos deputado estaduais, tem mexido não apenas com os deputados da oposição, mas também com a base do governo. Na semana passada, o presidente da Assembleia, deputado Max Russi (PSB), foi pessoalmente à Casa Civil discutir o assunto.
Russi destacou, na ocasião, que metade do valor, este ano calculado em quase R$ 7 milhões para cada parlamentar, já deveria ter sido pago, considerando que o primeiro semestre do ano já chega ao fim. Contudo, após a reunião, o primeiro-secretário, deputado Eduardo Botelho (DEM), informou que o novo compromisso do governo foi de executar 50% das emendas até o mês de agosto.
João Batista pontuou a importância da liberação dos valores, que são destinados para ações de educação, saúde, cultura e lazer, além de outra parte livre para ser aplicada conforme o entendimento do parlamentar, mas avaliou que o governo já estaria favorecendo os deputados da base desde as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Orçamentária Anual (LOA).
“A gente observa que, às vezes, o Executivo não paga principalmente as emendas da oposição, ou paga um valor menor, mas paga, muitas vezes, para quem é da base. Além de que a base também tem uma outra situação: dentro do próprio orçamento, sendo que a base tem mais contato com o governo, eles indicam de que forma que deve ser aplicado [determinado valor] e em que área deve ser aplicado”, ponderou.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.