Apesar dos questionamentos, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirma que a decisão de abrir a vacinação contra a covid-19 para as pessoas de 18 a 49 anos foi acertada. O emedebista afirma que a taxa de abstenção tem sido alta, e ainda cita a validade das vacinas.
“Como se jovem não tivesse que ser vacinado. Se teve uma postura justa, uma conduta correta, uma decisão acertada que eu tomei, foi essa. Eu não posso vacinar quem não quer ser vacinado. Aí você não vai vacinar, você marca, cadastra, tem o horário marcado, você não vai, e eu vou ficar com sua vacina até você resolver vacinar? Não, eu vou vacinar quem quer vacinar”, explicou o chefe do Executivo Municipal garantindo que, antes de ampliar o cadastramento promoveu uma análise do cenário junto à Secretaria de Saúde.
“Olha quanto que está a taxa de abstenção das comodidades, de 45 a 49 anos. Somente 50% indo vacinar. Então, falei continua medindo, aí caiu para 45%. Chamei a equipe do Vacina Cuiabá, chamei todo o pessoal, discuti com eles e tomamos essa decisão”, completou o prefeito.
Emanuel ainda cita que se embasou em estratégia adotadas em outros Estados. “A ideia é essa, joga os faltosos para o fim da fila, que já era uma ideia que eu vi do Rio de Janeiro, em Brasília e eu adaptei, fiz algumas adequações a Cuiabá. Joga pro final da fila quem não veio, e abre de 18 a 44 anos”, disse.
Diante disso, o chefe do Executivo Municipal garante que fará todos esses apontamentos a Defensoria Pública da União e do Estado de Mato Grosso, que na última semana notificaram a Prefeitura de Cuiabá para que, dentro de cinco dias úteis, passe a respeitar a ordem etária decrescente no processo de imunização da população contra a covid-19.
O advogado Miklael Danelichen também recorreu ao Judiciário para tentar barrar a vacinação de grupos não prioritários em Cuiabá. Para o jurista, a ampliação da imunização para pessoas de até 18 anos, anunciada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) recentemente, pode propiciar casos de fura-fila.
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