O deputado estadual Gilberto Cattani (PSL), se manifestou favorável ao uso da Associação de Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) para fins políticos. De acordo com o bolsonarista, a entidade pertence ao setor privado e, portanto, tem liberdade para decidir como gerir seus fundos.
Cattani se pronunciou após o fim da CPI da Renúncia Fiscal na Assembleia Legislativa, que convocou como testemunha o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan. O deputado se posicionou em consonância com Galvan desde início das investigações, inclusive tendo intermediado a presença dele na oitiva desta sexta-feira (24).
"Os fundos da Aprosoja, comprovadamente, não são públicos. A única pessoa, a única coisa soberana em tudo isso é a assembleia da Aprosoja. Ela que pode gerir os fundos como ela bem entender, porque não é público, é dela", avalia.
"Se a assembleia [da Aprosoja] achar que ele não deve, pode inclusive trocar o presidente. Pode inclusive mudar o estatuto. Quem fez o estatuto foi a assembleia geral e quem pode mudar o que quiser no estatuto é a assembleia geral, porque é uma entidade privada. E eles podem fazer o que quiserem com a entidade deles".
Em contraponto às declarações de Cattani, no começo deste mês, a Procuradoria Geral da República se manifestou no sentido de que recursos públicos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), assim como do Instituto Mato-Grossense do Agronegócio (Iagro), estariam sendo utilizados para custear as manifestações de 7 de setembro.
O parecer resultou numa operação da Polícia Federal de busca a apreensão na Aprosoja-MT, no dia 6 de setembro.
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