A Operação Capistrum está movimentando os vereadores na Câmara de Cuiabá. Os parlamentares de oposição se uniram e irão apresentar na sessão ordinária desta terça-feira (19) um requerimento para abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Por outro lado, a base tenta boicotar a sessão para evitar que gere ainda mais desgaste ao emedebista que acordou com os policiais em sua residência para cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
O pedido de impeachment contra Emanuel não é o primeiro. Na legislatura passada, o prefeito acabou tendo o pedido de cassação arquivado pela Casa, após ser investigado na CPI do Paletó. Agora, a oposição quer cassar o mandado do emedebista, afastado do cargo por determinação da justiça.
A propositura deverá ser apresentada pelo vereador Diego Guimarães (Cidadania), e deverá contar com o apoio de outros quatro parlamentares. Tratam-se de Dilemário Alencar (Podemos), Michelly Alencar (DEM), Edna Sampaio (PT) e tenente-coronel Paccola (Cidadania). Diego, contudo, garante que irá buscar o apoio dos vereadores governistas também.
Isso porque, para ele, determinados parlamentares da base aliada têm responsabilidade sob o afastamento. “Muito vereadores aqui são responsáveis por esse afastamento que se deu por conta de nomeação políticas em mais de 250 cargos. Finalmente depois de muito tempo, muitas denúncias, muitos absurdos, finalmente a justiça determinou o afastamento do prefeito e a prisão do seu chefe de gabinete”, acusou o parlamentar.
Diego acredita que a abertura de uma Comissão Processante e, consequentemente, a cassação do chefe do Executivo Municipal, é essencial para o bom andamento da cidade.
“Vamos sentar com os vereadores, demonstrar a gravidade dos fatos. Cuiabá não pode viver nessa instabilidade, de ter um prefeito provisório, no caso vice-prefeito. Acredito que esse deve ser o caminho que a Câmara Municipal deve tomar de forma séria. Primeiro, para punir aquele que usou indevidamente o dinheiro público, que desviou dinheiro público, para dar à cidade a estabilidade política necessária e seja conduzida de maneira séria”, completou.
Nesta mesma linha, Dilemário afirma que o emedebista não tem mais condições de continuar administrando a Capital. “Esse afastamento do prefeito não me surpreende. Agora, nós, vereadores da oposição, vamos nos reunir, fazer uma avaliação conjunta, porque entendemos que o prefeito Emanuel Pinheiro não tem mais condições moral de continuar governando a cidade”, enfatizou.
O parlamentar ainda pede que todos os 25 parlamentares assinem o requerimento. “Eu penso que os 25 vereadores não podem ficar imobilizados diante desse fato. Não e possível essa situação. Já foram afastados mais de sete secretários e ele ficar dizendo que não sabe nada. No mínimo ele tem prevaricado, tanto é que foi afastado agora”, finalizou.
Vale destacar que vários vereadores que estão na base do prefeito foram eleitos na oposição com discurso de combate à corrupção e eram aliados do ex-vereador Abílio Brunini, que foi o responsável por denunciar o esquema na saúde liderado por Huark Douglas Correia, que entregou o esquema de contratação de cabos eleitores na saúde.
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