O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) classificou as ações da Operação Capistrum como “desproporcionais e midiáticas”. O emedebista ainda garante que irá recorrer na justiça para reverter as medidas impostas contra ele, especialmente o afastamento do cargo.
O chefe do Executivo Municipal ainda rebate as acusações de que houve desvio de dinheiro público no âmbito da Secretaria de Saúde da Capital. Para ele, essas informações estão sendo propagadas "maldosamente".
“Ao contrário do que vem sendo maldosamente propagado, a instauração de inquérito em questão pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE), não aponta desvio de valores. A investigação averigua denúncia de contratação excepcional de 259 (duzentos e cinquenta e nove) servidores para Saúde no ano de 2018 em detrimento de realização de concurso público”, diz o prefeito por meio de nota.
Por determinação do desembargador Luiz Ferreira da Silva, o chefe do Executivo Municipal foi afastado do cargo nesta terça-feira (19). O magistrado ainda determinou busca e apreensão na Prefeitura de Cuiabá e em sua residência, bem como sequestro de bens compartilhado no valor de R$ 16 milhões.
Ele foi “dedurado” pelo ex-secretário de Saúde da Capital, o médico Huark Douglas. Ele afirma que contratou mais de 250 servidores temporários a pedido do prefeito, para atender a interesses políticos.
Além de Emanuel, ainda foram alvos da operação a primeira-dama Marcia Pinheiro, o chefe de gabinete Antônio Moreal Neto, que inclusive foi preso, secretária-adjunta de Governo, Ivone de Souza, e o ex-coordnador de Gestão de Pessoas da Saúde, Ricardo Aparecido Ribeiro.
Apesar das buscas e apreensões, o prefeito garante que o expediente na prefeitura segue normalmente. “O expediente no Palácio Alencastro transcorre normalmente, excetuando-se nos dois locais em que as equipes do MPE concentraram os trabalhos”, finalizou.