Alegando suposta interferência política na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), o vereador Diego Guimarães (Cidadania) requereu que a entidade instaure um processo ético disciplinar contra o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB). A intenção do parlamentar é garantir a exclusão do emedebista, que também é advogado, dos quadros da OAB.
O vereador oposicionista cita três fatos para embasar o pedido que, segundo ele, demonstram as condutas “imorais, reprováveis e de pública repercussão” que recairiam contra o chefe do Executivo Municipal.
Além da Operação Capistrum, que culminou no afastamento de Pinheiro na semana passada, Diego ainda coloca como embasamento o episódio das “esmeraldas falsas” e o “escândalo do paletó”.
“Não obstante o notório conhecimento público sobre as reprováveis condutas pessoais e profissionais que recaem sobre o representado, corroborados pela documentação em anexo pertinentes à gritante inidoneidade moral do representado para figurar nos quadros da respeitada OAB/MT”, justificou o parlamentar em documento encaminhado à direção da entidade.
Para ele, a Ordem está sendo omissa, uma vez que não se manifestou sobre o caso até momento. “A OAB tem que apurar a conduta ética e moral do Emanuel Pinheiro para continuar se denominando advogado. Até o momento, a entidade quedou-se em silencio, nada disse, não manifestou uma palavra, sequer o paletó. Já tivemos sete operações e agora o prefeito está afastado, ele é delatado pelo Silval Barbosa e Huark Dougas, mas mesmo assim ostenta em seu curriculum a profissão de advogado”, criticou Diego, lembrando que em outros casos, como o envolvendo o ex-vereador João Emanuel, a OAB-MT se manifestou.
O vereador acredita que está havendo interferências políticas na entidade, tendo em vista que o advogado do prefeito, Francisco Faiad, é ligado à atual administração da entidade, comandada por Leonardo Campos. “Isso sim é utilização da Ordem dos Advogados do Brasil com fins politiqueiros”, finalizou.