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Notícias / Política

12/11/2021 às 07:29

PL que proíbe filmagens em sala de aula divide opiniões na ALMT

O deputado Wilson Santos (PSDB), que presidiu a sessão e deu voto favorável à matéria, foi protagonista em diversas discussões com Ulysses Moares (PSL) e Romoaldo Júnior (MDB)

Da redação - Angélica Callejas / Da reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

PL que proíbe filmagens em sala de aula divide opiniões na ALMT

Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

A votação do Projeto de lei nº 867/22019, de autoria do deputado Valdir Barranco (PT), foi alvo de bate-boca e polêmica na Assembleia Legislativa nesta semana. O PL propõe a proibição de filmagens de docentes durante o exercício, ou seja, dentro de sala de aula, em todo âmbito estadual de ensino.

O deputado Wilson Santos (PSDB), que presidiu a sessão e deu voto favorável à matéria, foi protagonista em diversas discussões no Plenário com os deputados Ulysses Moraes (PSL) e Romoaldo Júnior (MDB).

“A polêmica foi em relação à contagem dos votos. Como sou presidente e tenho a visualização do plenário do monitor onde estão os deputados online, só eu tinha condições de dizer que tinha 9 votos a favor do projeto e 7 contra”, comenta o tucano.

Wilson recebeu duras críticas dos colegas parlamentares por não permitir direito de fala ao deputado Romoaldo, que, por diversas vezes, pediu pela ordem durante a votação.

 “Alguns deputados reclamaram que não foram citados como votos divergentes, mas depois nós citamos. Deputado Romoaldo pediu pra ser citado, foi citado”, acrescentou.

De acordo com Wilson, o limite de uso da palavra tinha sido atingido, e por isso não foi possível permitir que Romoaldo se manifestasse sobre a matéria. Para o tucano, o que deve ser levado em consideração é o fato de o emedebista nunca ter dado aula, portanto, ele não deveria estabelecer critérios sobre o que ele desconhece.

“E que pese ele nunca ter dado aula, ele nunca foi professor. Quem deu aula aqui foi Botelho, foi Wilson Santos. Nós sabemos o que é uma sala de aula”, reafirmou o deputado.

Apesar de Wilson minimizar o bate-boca e dizer foi um momento de discussão educada, o deputado Ulysses, que deu parecer contrário ao PL, discorda da opinião.

“O que houve é o quea gente chama de “patrola”. Quando o presidente menospreza os pares, ignora a opinião dos pares, não faz a contagem dos votos, não faz como perpetua e como diz o regimento interno dessa Casa Legislativa. O houve ali foi um desrespeito ao regimento, um desrespeito à vontade popular, à vontade dos pares”, afirmou o liberal.

Para Ulysses, a proibição é injusta, já que ele tem notado um aumento de debates ideológicos em sala de aula, o que ele considera inadequado. “Então, eu acho que nada mais claro que nesse mundo da tecnologia, que tenha câmeras em sala de aula para garantir a segurança não só dos alunos, mas do professor também”.

Entretanto, Wilson, que é professor, afirma que essa prática inibe os profissionais da educação e não é o melhor método de lidar com educadores que se comportem de forma imprópria.

“Agora, o professor chegou em sala de aula, se ele faz uma repreensão a um aluno e isso é gravado e jogado no mundo, muitas pessoas vão interpretar de uma forma, e outras de outra forma. Você pode estar acabando com a carreira de um excelente profissional”, argumentou.

“Nós não temos ainda noção das redes sociais. Agora, havendo algum professor que não se comporte adequadamente em sala de aula, a direção a escola tem elemento suficientes pra fazer essa fiscalização”, finaliza.
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