Após algumas horas de reunião com lideranças dos diretórios regionais do PL, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, ganhou carta branca para conduzir a negociação com o presidente Jair Bolsonaro, avaliando caso a caso, em cada estado, mas ao que tudo indica alianças com partido de esquerda estarão barradas e o apoio a Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo para o governo deverá ser revisto.
O senador Wellington Fagundes (PL) participou do encontro e em entrevista à imprensa disse que sai confiante da ida do presidente para o partido. Ele tentou amenizar as imposições de Bolsonaro e disse que o partido está unido e preparado para receber o chefe da Nação e seus aliados.
Para o parlamentar, é preciso destacar que o momento é pensar no que é melhor para a legenda e a ido do presidente ajudará a legenda, que tem como uma das prioridades aumentar a bancada no Senado e na Câmara Federal.
“Chegamos ao consenso de que Valdemar tem toda autorização do partido para conduzir os entendimentos com o presidente. Por parte do PL está tudo harmonizado e queremos receber o presidente o mais rápido possível para que possamos estruturar as campanhas nos estados. ( …) O prego está batido, só não está virada a ponta. O que vira a ponta é a assinatura, que dá segurança total”, declarou em entrevista à imprensa logo após deixar a reunião.
Apesar do otimismo, Fagundes disse que ainda não há data confirmada para filiação e admitiu que houve uma precipitação da legenda em marcar o dia.
O parlamentar garantiu que o partido está "harmonioso" e destacou que nenhuma liderança expressiva se manifestou contrária à filiação de Bolsonaro no PL. “Todos entendem que acima de tudo temos que construir um partido forte. Sabemos que o mais importante é o coletivo, e a maioria entende”, afirmou.