Presos da comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queer, intersexo e assexuais) de quatro unidades prisionais de Mato Grosso terão oficinas criativas virtuais de yoga e meditação.
A proposta tenta minimizar os impactos da situação de prisão e promover saúde física e mental da comunidade.
A iniciativa é do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso (GMF-MT) em parceria com a Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária estadual.
As oficinas serão realizadas em duas datas específicas.
A primeira, de yoga, ocorrerá nesta quarta-feira (24), com a instrutora Rosangela Vimoshona e a oficina de meditação ativa será no dia 8 de dezembro, com a terapeuta Cris Costa.
As ações são promovidas nas unidades prisionais que contam com as alas Arco-Íris: Centro de Ressocialização de Cuiabá e nas penitenciárias de Rondonópolis, Sinop e Água Boa.
As oficinas são resultado de reuniões entre o GMF-MT e as equipes multidisciplinares das unidades prisionais e atendem às políticas internacionais e nacionais da população carcerária voltadas ao atendimento especializado dessa população em específico.
A Lei de Execução Penal prevê assistência material, social e jurídica, acesso à saúde, à educação, à assistência jurídica e ao trabalho a todos os presos.
Dentre as orientações do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) as recomendações sobre o tratamento a esse público estão: oferecer à pessoa LGBTI em espaço de vivência específico, separada do convívio dos demais presos; como devem ser feitas as revistas das pessoas LGBTI presas, incluindo visitantes; acesso a pinças para extração de pelos e produtos de maquiagem; à manutenção de seus cabelos compridos para travestis e mulheres transexuais e de cabelo raspado para homens transexuais.