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Notícias / Polícia

13/12/2021 às 13:41

Fotos e vídeo | Maquinário usado em garimpo ilegal custava de R$ 300 mil a R$ 1 mi

Segundo a PF, mais de 500 pessoas atuavam no local

Angélica Callejas

Fotos e vídeo | Maquinário usado em garimpo ilegal custava de R$ 300 mil a R$ 1 mi

Foto: PF-MT

A Operação Alfeu IV, deflagada na última sexta-feira (10), teve como alvo uma área de extração ilegal de minério na terra Indígena Sararé, localizada em Pontes e Lacerda (450 km a oeste de Cuiabá), que integrava três garimpos: “da Babalu”, Cooperpontes e Sararé. A ação resultou em uma prisão em flagrante, e na apreensão de 41 escavadeiras e 240 motores estacionais. O balanço da operação foi apresentado à imprensa na manhã desta segunda (13).

De acordo com a Polícia Federal (PF), a área danificada pelo garimpo é de aproximadamente 2.160 hectares, praticamente 2 mil campos de futebol. No local, que aportava mais de 500 pessoas, eram extraídos ouro, diamante e manganês.

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A área já vinha sendo monitorada por satélite, pois seria um local conhecido pela prática ilegal. De acordo com o superintendente da PF, Sérgio Mori, essa fiscalização remota proporcionou um intervalo menor entre uma operação e outra. Assim, os órgãos atuantes tiveram êxito em desativar o garimpo.

Segundo o delegado da PF, Roberto Moreira, além da inutilização dos maquinários, a Operação Alfeu IV também teve como objetivo reativar uma base da Funai para vigiar constantemente a área. Roberto estima que nos próximos dias a base volte a operar e possa reprimir com maior efetividade a prática do garimpo na terra indígena.

O delegado também acrescenta que a dificuldade em efetuar as prisões desses garimpeiros se dá em função da área de mata e de um costume adquirido recentemente, similar ao do tráfico de drogas, que é a utilização de “fogueteiros”. Uma pessoa fica a postos, vigiando, e com a aproximação de forças de segurança, sinaliza com rojões para que os outros possam fugir.

Como nem todos os maquinários podem ser retirados do local, pois os próprios garimpeiros danificam os equipamentos, parte deles são destruídos nas operações. O delegado Roberto estima que o valor dessas máquinas varia de R$ 300 mil a R$ 1 milhão. Até a última ação, somente duas escavadeiras apreendidas puderam ser reutilizadas, sendo que uma foi cedida à Prefeitura de Cuiabá e outra à Funai.

Apesar da dificuldade em localizar os garimpeiros, a PF afirma que os proprietários das máquinas foram identificados e responderão por diversos crimes, como desmatamento, extação ilegal de minério, usurpação de bens da união, organização criminosa e possivelmente lavagem de dinheiro.


 
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