O Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen) do Estado de Mato Grosso deflagrou greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (15). O posicionamento é uma resposta à proposta de 15,27% de reajuste salarial oferecida pelo Governo.
“A greve já estava aprovada. Só foi suspensa pela reunião de ontem (14). Como a reunião não foi ao contento com a categoria, sendo a mesma que o [secretário da Seplag] Basílio propôs, ela retomou o curso hoje”, disse o presidente do Sindspen, Amaury Benedito Paixão.
No dia 10 de dezembro, os policiais realizaram uma manifestação nos arredores da Penitenciária Pascoal Ramos e anunciaram a greve para o dia 12, num domingo. Entre as exigências, a categoria pedia equidade salarial em relação às demais forças de segurança pública.
De acordo com Amaury, os agentes ganham R$ 3.150, eles pedem que que os salários sejam equiparados, alegando que os demais servidores das forças de segurança ganham o dobro. Ele aponta ainda que com os descontos os policiais penais acabam recebendo cerca de R$ 2 mil.
Com a proposta de 15% do governo, o salário iria para pouco mais de R$ 3.800, mas ainda não seria suficiente para a categoria, que alega estar em negociação há pelo menos 8 anos.
Em assembleia do sindicato, a proposta foi negada e, após decisão, os policiais penais realizaram uma caminhada pelo Centro Político Administrativo, passando em frente à Casa Civil, até a Assembleia de MT.
Amaury ainda comunicou que, ao chegar na AL, o deputado Dilmar dal Bosco (DEM), líder do Governo na Casa, prometeu nova reunião para atender a categoria.
Durante o período de greve, as atividades não essenciais, como atendimento ao advogado, atendimento ao judiciário e visitas deverão ser suspensas, conforme cartilha enviada às unidades prisionais pelo sindicato.