Senadora e pré-candidata à presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS) tem como principais bandeiras a geração de emprego e redução de impostos. Em entrevista concedida à Rádio Capital, na manhã desta quinta-feira (20), ela falou sobre suas propostas à população mato-grossense.
Tebet defende que emprego e assistência social devem caminhar juntos. Ela avalia que programas como o Auxílio Brasil são necessários, mas que a população não deve ficar refém do assistencialismo. Nesta linha, diz que oferecer emprego aos mais pobres é importante, pois assim poderão ter renda e não mais depender dos auxílios do governo.
Outro ponto chave de sua campanha também será a política de preço dos combustíveis e os impostos que pesam no bolso do consumidor. Ela lembra que em 2021, os estados reduziram a cobrança do ICMS dos combustíveis, mas isso não teve um reflexo do preço nas bombas de gasolina e etanol, haja vista o aumento de preço do produto na Petrobrás.
A pré-candidata promete olhar para a regiões mais afastadas dos grandes centros como os estados do Centro Oeste e do Nordeste. De acordo com a senadora, esses estados devem ter um olhar diferenciado por parte do governo federal incentivando a geração de empregos e fomentando indústrias nessas regiões. “A forma de acabar com a fome do Brasil é com emprego com carteira de trabalho assinada, que tenha um trabalhador qualificado”.
Histórico
Tebet atua na política há cerca de 20 anos, já tendo ocupado o cargo de prefeita do município de Três Lagoas (MS), deputada estadual e vice-governadora de Mato Grosso do Sul. Atualmente senadora, ela atuou ativamente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as denúncias de irregularidades do Governo Federal durante a pandemia.
Pré-candidatura
De acordo com a senadora, a sua pré-candidatura foi uma surpresa dentro no partido, pois ela nasceu diferente de outras candidaturas da base. “Não foram os caciques do partido que foram me procurar. Minha candidatura surgiu da juventude do MDB, do MDB Afro, do MDB Mulher e de todos os estados do Brasil que mais precisaram do partido. [...] Bem antes da CPI, o próprio presidente Nacional do partido, o Baleira Rossi (MDB-SP), tem me procurado juntos de outros colegas, dizendo que MDB devia lançar candidatura própria. Obviamente, não temos a unanimidade de todos os colegas. Fizemos uma enquete interna e aparecia que o partido deveria ter uma candidatura própria e que meu nome seria o melhor”.
Simone acredita que por ser, até a momento, a única mulher pré-candidata à presidência, isso traz uma responsabilidade muito grande. “Tudo que conquistamos não podemos retroceder. Desde 2010 temos candidatas mulheres e isso não podemos abrir mão. Temos que ter mulheres falando pelas mulheres. Essa responsabilidade eu tenho”.
Questionada se as especulações de que ela poderia desistir da candidatura para se tornar vice a atrapalham, ela responde que não. E atribui este fato ao machismo, pois, de todos os candidatos até o momento apresentados para disputar as eleições de 2022, somente o seu nome é tratado como um possível vice-presidente.
“Por que estão colocando meu nome como vice, mas nenhum outro pré-candidato é colocado? Por que eu sou lembrada como vice e os demais não são? Eu sou pré -candidata e não tenho plano B. Até porque já estou no final do meu mandato de senadora e se não for candidata a presidente, sou candidata ao Senado pelo meu estado”, pontuou.
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