Com mais de 30 anos de estrada, o caminhoneiro Luiz Lourenço Benite, procurou a redação do Leiagora para reclamar da situação da BR-163, em que eles são obrigados a pagar pedágio em 8 praças por uma rodovia não duplicada de Diamantino a Sinop, e o trecho entre Cuiabá e Rondonópolis já está cheio de buracos e cercada pelo matagal.
“A minha indignação é que pagamos pedágio de Sinop até a divisa do Estado e não temos um serviço adequado da Rota do Oeste. Muitos pais de família que saem de suas casas para trabalhar, nunca mais voltam a ver seus familiares. É uma irresponsabilidade da Rota da Oeste tantas vidas ali deixadas na BR”, reclamou.
Ele diz que o trecho entre Nova Mutum e Lucas do Rio Verde é o mais perigoso ao longo da BR-163 em Mato Grosso.
“Todo dia tem duas ou três carretas tombadas, vai desviar dos buracos, perde o controle e não consegue voltar de novo pra pista, aí tomba”.
O protesto do caminhoneiro também é feito pelo senador Jayme Campos (DEM) e recentemente do presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), que reclamaram sobre as más condições da rodovia e o descumprimento do contrato.
"Não é correto a empresa receber pedágio. Já era para ter entregue a obra em 2019, não entregou e está ganhando com isso. Particularmente, acho que o Ministério Público, tanto federal quanto estadual, tinha que atuar. Acho que não tem mais que haver a cobrança do pedágio, porque não está tendo a entrega do serviço".
O presidente da Assembleia Legislativa sustenta, ainda, que a empresa não tem mais compromisso com nenhum investimento.
“É muito fácil isso. E se enrolar isso aí mais um ano, dois anos, três anos até uma concessionária vir? Então, acho que o Ministério Público tinha que atuar forte nisso aí”, completou.
A entrega da concessão, regrada pela Lei federal 13.448, de 05 de junho de 2017, foi a alternativa encontrada pela Rota do Oeste para garantir a prestação de serviços nos 850,9 quilômetros de extensão da concessão da BR-163.
Mesmo após entregar a concessão, a empresa ainda continua cobrando pedágio. A empresa alega que vai aguardar o Governo Federal estruturar nova licitação para definir a empresa que assumirá a operação da exploração do trecho entre Sinop a Rondonópolis e que a continuidade de prestação de serviços é fundamental para garantir que não haja perda ou deterioração dos cerca de R$ 1,8 bilhão investido pela concessionária ao longo dos últimos anos em manutenção, suporte operacional e obras de duplicação.
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