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Notícias / Judiciário

23/02/2022 às 07:00

Mães de MT protestam em Brasília contra mudanças na cobertura de planos de saúde

Nesta quarta-feira (23), o Superior Tribunal de Justiça irá apreciar dois recursos que dispõe sobre os limites e parâmetros do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência de Saúde Suplementar (ANS)

Kamila Arruda

Mães de MT protestam em Brasília contra mudanças na cobertura de planos de saúde

Foto: Reprodução

Duas mães de crianças autistas, residentes em Mato Grosso, irão para Brasília acompanhar o julgamento da ação que trata sobre procedimentos que possuem coberturas de plano de saúde. Nesta quarta-feira (23), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) irá apreciar dois recursos que dispõem sobre os limites e parâmetros do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência de Saúde Suplementar (ANS).

A fim de pressionar os ministros para garantir a permanência do rol exemplificativo dos convênios, haverá uma manifestação em frente a corte superior, onde usuários dos planos de saúde planejam de acorrentar a instituição. Caso o rol seja taxativo,
planos serão obrigados apenas  a cobrir os tratamentos mais básicos e baratos.

Mato Grosso será representado por duas mães de crianças autistas, que temem que seus filhos tenham o acesso a saúde tolhidos pelo plano.

Trata-se de Dyone Souza e Mayara Rosa Francoa, que irão protestar em nome de todos autistas e também dos portadores de necessidades especiais (PCD).

“Teremos representantes do Brasil inteiro. São mães de Goiânia, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, enfim, o Brasil inteiro para protestar. Vamos fazer toda uma manifestação em favor do rol exemplificativo. Nós de Mato Grosso estaremos representando não só a classe autista, como toda a classe PCD”, explicou Mayara, ao Leiagora, dizendo estar confiante.

“Estamos bem nervosas, mas confiantes que a manifestação vai dar certo. Acredito que vamos somar forças e vamos conseguir passa o rol exemplificativo”, completou.

Ela explica que essa mudança pode fazer com que o brasileiro tenha o seu direito fundamental a saúde negado. Isso, porque segundo ela, se o rol for taxativo, e não meramente exemplificativo, como é hoje, o plano só vai ser obrigado a cobrir os tratamentos mais básicos e baratos que existe para determinada doença/deficiência.

“O que o médico prescrever de melhor e mais atualizado, o cliente não terá! Nossos filhos com autismo não terão mais terapias especializadas, assim como pessoas com outras deficiências não terão acesso ao tratamento adequado que necessitam”, explicou.

Ela ainda acrescenta dizendo que outros direitos concedidos hoje como tratamento domiciliar, não serão mais oferecidos. “Home care, alguns medicamentos para câncer e doenças raras serão negados, sem chances para recorrer. Por isso, pedimos ajuda para que possamos protestar contra o rol taxativo, porque rol taxativo mata”, finalizou.
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