O cacique Damião Paridzané, de 69 anos, líder da comunidade xavante e alvo da operação Res Capta, realizada nesta quinta-feira (17) pela Polícia Federal, teve os bens bloqueados pela Justiça Federal de Mato Grosso.
A decisão é da juíza Danila Gonçalves de Almeida, da Vara Cível e Criminal da Justiça Federal de Barra do Garças. No entanto, o cacique poderá fazer saques de até R$ 20 mil por mês.
Segundo o delegado Mário Sérgio Ribeiro de Oliveira, o cacique cobrava dinheiro para permitir que fazendeiros explorassem a terra indígena com a criação de gado.
O esquema foi descoberto no final de 2021 com uma denúncia anônima de que servidores da Funai estariam cobrando propina de grandes fazendeiros para permitir arrendamento na terra indígena.
O dinheiro dos pecuaristas ia para as mãos do cacique, do coordenador e outros servidores.
O veículo do cacique, uma SW4 modelo 2021, está avaliado em R$ 382 mil e foi apreendido.
Em nota enviada ao Leiagora, a Funai declarou que 'não coaduna com nenhum tipo de conduta ilícita e está à disposição das autoridades policiais para colaborar com as investigações'.
"A fundação informa, ainda, que o arrendamento de Terras indígenas é vedado e que o coordenador será afastado da função", finalizou.
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