Mais de 50 indígenas participaram da cerimônia do Ministério da Justiça, em Brasília, para a entrega de medalhas do “mérito indigenista”, nesta sexta-feira (17), com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro. Desses, cerca de 25 eram de etnias mato-grossenses.
O evento foi aberto com o hino nacional tocado por uma orquestra de jovens Xavante. Os Parecis, que estavam em maior número representando o estado, também fizeram apresentações culturais.
“Foi um momento para marcar nossas conquistas, com avanços que tivemos nos últimos anos em relação ao desenvolvimento econômico dos povos indígenas”, destacou o representante da etnia Paresi, Arnaldo Zuniakae.
Na cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro vestiu um cocar e recebeu a medalha do mérito indigenista.
Além dele, foram homenageados líderes indígenas Kalapalo, Xavante, Surui e Kamayurá, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e ministros do governo, como Bruno Bianco (AGU), Augusto Heleno (GSI) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
A medalha é uma honraria criada em 1972, para homenagear as personalidades que se destacam pela proteção e promoção dos povos indígenas brasileiros.
Zuniakae avalia que foi um evento importante para reunir diversas lideranças e aproximas os indígenas das autoridades governamentais.
“Nos últimos anos evoluímos na questão econômica. Agora não temos mais intermediários, podemos ter acesso livre aos ministros e instituições para sermos ouvidos e debater assuntos relacionados aos nossos povos”, disse.
A advogada Cássia Lourenço, especialista em direito indígena, também esteve presente no evento junto com representantes de instituições indígenas de Mato Grosso e Rondônia.
Segundo ela, o encontro também foi um momento para compartilhar e conhecer projetos de outras etnias que servem de exemplo para o desenvolvimento econômico dos povos indígenas.
Da assessoria