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02/04/2022 às 11:31

Propina e exploração em terras indígenas foram focos de operações da PF

Dois caciques foram alvos das operações por receberem dinheiro e ouro em troca de exploração nas reservas

Denise Soares

Propina e exploração em terras indígenas foram focos de operações da PF

Foto: Polícia Federal de Mato Grosso

Corrupção, exploração ilegal e propina em terras indígenas foram o foco de, pelo menos, quatro operações federais em Mato Grosso neste mês de março.
 
Em uma das ações, realizada no dia 17 de março, a Operação Res Capta descobriu um esquema criminoso de arrendamento da Terra Indígena Marãiwatsédé para pecuaristas.
 
O coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Jussielson Gonçalves Silva, foi preso na primeira fase.
 
O cacique Damião Paridzané, líder da comunidade xavante lucrava até R$ 900 mil por mês com o arrendamento ilegal da terra.
 
Com cerca de 165 mil hectares, a terra indígena Marãiwatsédé está localizada no município de Alto Boa Vista, São Félix do Araguaia e Bom Jesus do Araguaia, na região Noroeste de Mato Grosso.
 
No dia 20, um cacique e um servidor da Funai foram presos na operação Ato Reflexo, realizada pela Polícia Federal na Terra Indígena Aripuanã, localizada entre Juína e Aripuanã.
 
De acordo com a PF, eles são investigados em um esquema que permitia a exploração da terra indígena para garimpeiros.


 
A investigação descobriu, após a análise de celulares apreendidos, que o servidor da Funai trabalhava como ‘agente duplo’.
 
Ele utilizava o cargo público para repassar, previamente, informações a alguns garimpeiros sobre operações de crimes ambientais.
 
Outra ação
 
Garimpos ilegais montados na Terra Indígena Sararé, localizada entre os municípios de Conquista D´Oeste, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, foram desocupados na Operação Alfeu 5.
 
De acordo com a PF, os indígenas da etnia Nambikwara são pressionados há 30 anos por garimpos ilegais de ouro em suas terras.
 
Os policiais cercaram a Terra Indígena e bloquearam os acessos para coibir a prática ilegal. Mais de 100 agentes públicos das diversas forças atuaram na operação, incluindo aeronaves e embarcações públicas.
 
Na quinta-feira (31), a Polícia Federal cumpriu, em Confresa, dois mandados de busca e apreensão na 2ª fase da Operação Res Capta.
 
Um dos mandados foi na sede de uma empresa suspeita de ter atuado decisivamente na camuflagem do suposto recebimento de propinas por servidores da Funai de Ribeirão Cascalheira e o outro na residência do responsável pela empresa.

Durante 15 dias, policiais federais percorreram 21 pontos da Terra Indígena Aripuanã com o objetivo de combater crimes ambientais, com foco em extração ilegal de madeira e garimpos clandestinos.

A Operação Onipresente começou no dia 13 deste mês e foi finalizada nesta semana.
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